Decidi mergulhar nas lembranças passadas, naquelas que ainda hoje marcam o meu presente. Procurei as fotografias escondidas dos passeios, as cartas escritas pelas colegas de colégio no dia dos namorados e as dedicatórias feitas não há muitos anos pelas amigas de liceu.
Ao reler uma carta enviada, por uma colega, pela altura dos dias dos namorados, senti as lágrimas correm-me pela fase. Nela, reli uma frase que me marcou naquele dia e que me fez reviver-lo novamente:
"Maria, espero que encontres o teu príncipe encantado, para calares as más línguas... E, desculpa tudo o que já te fiz e o que te disse hoje."
Tentei relembrar o que me teria dito ela naquele dia, mas não consegui. Talvez melhor assim.
Contudo, ao abrir a carta senti entrar em mim a mesma tristeza de outrorá. A primeira frase da minha colega marcara-me. Depois de a ler, agarrei-me à almofada e deixei as lágrimas cair, questionando-me que "más línguas" seriam as que de me mim se diziam. Curiosamente, poucas foram as lágrimas que correram...
Então pensei: "Realmente encontrei o meu príncipe encantado: a solidão".
(editado às 19:36, 28 de Fevereiro)
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