Já a algum tempo que falo com a C..
Não a conheço, nem tão pouco sei como conseguiu o meu email. É uma miúda nova, algo imatura. Normalmente pede-me conselhos amorosos ou ajuda com as tarefas escolares e, geralmente, não recuso apoia-la.
À cerca de uma semana desabafou comigo o fim do relacionamento que mantinha com um rapaz alguns anos mais velho do que a C.. Estava preocupada com a repentina mudança do namorado, que terminara sem uma justificação. Dei os conselhos, que achava mais plausíveis e correctos. Qual não é o meu espanto quando percebo que ela nunca manteve contacto físico com esse rapaz, que o namoro dela era virtual!
Fiquei espantada e horrorizada!
Tentei, então, explicar-lhe que namoros pela internet quase sempre dão mau resultado. Tentei alertar-lá para os riscos que poderia estar a correr.
Ok, devo confessar que eu também falo com um rapaz que não conheço à cerca de 4 meses, mas vai da ia a apaixonar-me ainda falta um longo caminho (se é que existe neste casos)...
Aparentemente, a C. abriu os olhos e decidiu não ligar mais nenhuma aquele rapaz que conhecera na internet.
Hoje voltamos a falar sobre ele. Disse-me que o iria esquece-lo e começou a falar-me de um rapaz palpável e real que mora perto dela. Dei-lhe o meu apoio. Nada de anormal, até ela me dizer que estava a falar com ele, pelo telemóvel, e que já o pedirá em namoro!
Ok... Eu talvez seja muito retrógrada ou talvez excessivamente romântica e sonhadora, mas desde quando se pede alguém em namoro por telemóvel?! Mais, o que será o amor para as novas gerações?! A C. dizia amar, em apenas um mês, um rapaz que nunca virá!
Cada vez mais me choca a forma como as novas gerações encaram a vida em todas as suas formas...
É chocante que as novas tecnologias substituirá o que outrora eram momentos importantes na vida de cada um de nós, tal como o pedir em namoro; e é revoltante a forma como os mais novos olham o amor... Em apenas um mês diz-se amar alguém, quando na realidade, amar é muito mais do que uma troca de beijos e de sexo.
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