Gosto de olhar o mar. Gosto de me sentar na rocha ou na areia e de o observar, enquanto vaguei nos meus pensamentos. É incrível como ele nos transmite um conjunto variado de sentimentos e emoções.
Se por um lado ele nos transmite paz, esperança e sonhos, por outro ele é sinónimo de medo e respeito. Quando o observo, sentada na areia, admiro-lhe a grandeza e a força e todo o conjunto de sensações que em mim desperta.
Tenho o privilegio de morar junta ao rio e proximamente do mar. Quando me sinto em baixo, mesmo não estando junto dele, penso no mar e quando posso, caminho ao seu encontro. Chegada ao destino, penso nos medos que ele causa, no respeito, na admiração que sinto, na esperança que ele me transmite.
Quando era pequena e via o mar revolto, pensava que ele estava assim porque estava zangado com os homens. Hoje, quando assim no vejo, sinto a tristeza a desaparecer, dominada pela alegria expectativa de um futuro melhor. E mesmo quando o mar esta calmo, todos os meus males desaparecem...
Tranquilamente ou revoltoso, o mar faz-me esquecer, por algum tempo, o mundo de loucos em que vivo. Faz-me acreditar na magia dos sonhos, no poder da amizade, na segurança da família, num mundo melhor. É com ele que tomo as decisões mais importantes e é com ele que acredito no amor, na felicidade, na amizade, na alegria, na força. Diz-se que depois da tempestade, bem a bonança e é com ele que este velho ditado faz sentido: depois de um mar revolto, em que domina o medo, chega um mar calmo, tranquilo, trazendo esperança, alegria, paz...
É junto ao mar, e até mesmo junto ao meu rio, que encontro a paz que necessito. Mesmo estando longe dele, basta imaginá-lo na minha mente e contemplar-lhe as fotografias tiradas por mim ou encontradas neste mundo virtual, para tudo melhorar. Eis o motivo para o fundo escolhido...

De
O Gato a 1 de Fevereiro de 2009 às 09:44
Gostei muito deste texto apesar de gostar mais de montanhas é lá que sinto o mesmo.
O mar mete respeito como dizes, mas também a tranquilidade. Gosto contemplar o mar com os pés na terra e saber que estou seguro.
O mar é uma fonte de PAZ e é nele que procuramos isso.
Beijinhos gostei, bonito texto
E eu felizmente tenho o privilégio de morar junto ao mar, ao rio e à montanha.
Neste momento estou longe dessas três maravilhas da natureza, numa altura em que precisava de paz de espírito junto ao mar. :(
Bjs.
De Ilusão de Óptica a 1 de Fevereiro de 2009 às 15:35
Também gosto do mar. Olhar ou simplesmente fechar os olhos e deixar que o som me encante e me aude a esquecer certas coisas.
Precisava de novo de um blog só meu, onde pessoas do "mundo real" nao me julgassem pelo que penso e digo.
Beijinhos, adicionei-te como amiga *
Eu compreendo o que sentes.
Também criei este meu cantinho, não só para desabafar mas para não poder ser julgada pelos outros. Sinto que aqui é mais fácil falar sobre o que sinto, do que no mundo real.
Bjs.
Uma professora do meu curso, numa aula em que não me recordo do que se falava, referiu que as pessoas se sentiam bem a falar com desconhecidos, pois com os conhecidos estes tem tendência a julgar-las de diversas formas. E tal afirmação encaixa nos blogs. Encontrei neste espaço a forma de desabafar e de dizer o que penso sem ser julgada pelos meus conhecidos. Aqui, consigo deitar cá para fora tudo o que de mal se passa comigo, sem pressões ou julgamentos. Apenas uma pessoa sabe do meu espaço, que raramente cá bem...
Escreve o que te vai na alma nesse teu espacinho, sem medos nem receios.
Bjs
De
Estrela a 1 de Fevereiro de 2009 às 22:29
Eu também adoro o mar e tenho-lhe imenso respeito!
De Rui Torre a 20 de Fevereiro de 2009 às 14:19
O mar tb me ajuda mas esperança acho que já nada ma pode trazer.
Também cresci junto a um rio (Cávado) mas nunca senti por ele o carinho e tranquilidade que sinto pelo mar, talvez por este me ter morto um primo quando era muito pequeno.
Cheguei a ter pesadelos envolvendo o rio e a ponte medieval de barcelos. Parvoíce minha talvez, ou se calhar até trauma.
Vou fazer como tu e imaginar o mar... tentar regressar ao tempo em que fui feliz junto dele.
Só as boas memórias interessam.
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