Simplesmente linda...
Nunca gostei muito de fado e nem sequer tinha o hábito de ouvir a senhora do fado, Mariza. Mas está conbinação entre fado e hip-hop produziu uma execelente e belissíma música.
O pior é saber que me identifico com ela, com o que a letra traduz: o desespero e a esperança.
Não me resta nada, sinto não ter forças para lutar
É como morrer de sede no meio do mar e afogar
Sinto-me isolado com tanta gente à minha volta
Vocês não ouvem o grito da minha revolta
Choro a rir, isto é mais forte do que pensei
Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei
Não sei do que fujo, a esperança pouca me resta
É triste ser tão novo e já achar que a vida não presta
As pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaço
O vento sopra, ao espelho vejo o fracasso
O dia amanhece, algo me diz para ter cuidado
Vagueio sem destino nem sei se estou acordado
O sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainha
Não sei se a alma existe mas sei que alguém feriu a minha
Às vezes penso se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que diz…
Chorei
Mas não sei se alguém me ouviu
Enão sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
Não há dia que não pergunte a Deus porque nasci
Eu não pedi, alguém me diga o que faço aqui
Se dependesse de mim teria ficado onde estava
Onde não pensava, não existia e não chorava
Sou prisioneiro de mim próprio, o meu pior inimigo
Às vezes penso que passo tempo demais comigo
Olho para os lados, não vejo ninguém para me ajudar
Um ombro para me apoiar, um sorriso para me animar
Quem sou eu? Para onde vou? De onde vim?
Alguém me diga porque me sinto assim
Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê
Sinto lágrimas nos meus olhos mas ninguém as vê
Estou farto de mim, farto daquilo que sou, farto daquilo que penso
Mostrem-me a saída deste abismo imenso
Pergunto-me se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz…
Chorei
Mas não sei se alguém me ouviu
Enão sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
(Boss AC [azul mais claro]
&
Mariza [azul mais escuro])
Mais informações em: http://www.encontrarse.pt/upa08/
Não raras são as vezes dou por mim a pensar em qual será o significado atribuído pelos que me rodeiam à palavra amizade e a amizades verdadeiras.
Para mim, a definição é clara: amizade é a relação que duas pessoas desenvolvem, partindo-se do principio, que existe confiança, lealdade, afectividade, sinceridade, honestidade. A minha é clara, mas a de algumas pessoas que me rodeiam é complexa e difícil de se compreender.
Já procurei compreender o que significaria a amizade para alguns dos que me rodeiam, pensei, pensei e repensei, e desisti, sem encontrar o significado. Desisti de pensar nesse significado à muito tempo, até ontem...
A F. e a L. sempre se deram como irmãs: muito unidas, companheiras... Mas, a vida pregou-lhe uma partida: enquanto a L. continuou os estudos, a F. abandonou o país. Este ano voltou, mas irá partir sem ter estado com a melhor amiga (será?). A L. foi trocada por outras coisas sem interesses.
Isto tudo fez-me pensar.
Cada vez mais as pessoas me surpreendem, umas pela positiva outras pela negativa.
Vivemos numa sociedade em que, aparentemente, os valores da amizade, lealdade, companheirismo, etc., se começam a perder.
Apelidamos aquele e aquela de grandes ou melhores amigos, mas até quando? Quiçá, até ao dia em que não precisemos daquela(e), suposta(o), melhor amiga(o).
A minha avó costuma dizer que ninguém é amigo de ninguém. Continuo a acreditar que nem todas as pessoas se incluem nesse caixote. Continuo a acreditar que é possível ter, uma ou várias, amizades verdadeiras, sem mentiras, intrigas e complicações. Acredito que ainda existem pessoas com valor e princípios, incapazes de trocar uma amizade por uma coisinha sem importância... E sei que, à minha volta, ainda existem seres que privilegiam a amizade, acima de tudo...
Sinto-me triste... Sinto-me em baixo... Sinto vontade de chorar...
Pergunto-me porque, mas não encontro a resposta. Não raras as vezes sinto-me assim.
Talvez tenha sido da frase "quero um namorado!" ou da música que me fez lembrar aquela pessoa especial...
Sinto-me estúpida, cada vez mais estúpida e parva. Não encontro um motivo, uma causa, nem sei o que escrever neste post... Apenas sinto isso: vontade de chorar de fugir!
À semanas que ando a tentar lutar contra os meus medos: a solidão, a timidez, a vergonha... Parece que cheguei a uma fase da minha luta em que começo a perder as forças.
Pergunto-me, para que isto, porque mudar?!
A minha cabeça está uma verdadeira confusão (como este post)... Preciso de organizar as ideias, o que quero, traçar um objectivo...
Será que é assim tão complicado pedir para se ser feliz?!
Amanhã (talvez) escreva algo decente e claro...
Rendi-me às evidências...
Rendi-me à dura realidade...
Só hoje, abri os olhos... E, espero que não seja tarde de mais!
Até hoje, negava a realidade, os alertas, os avisos. Todos me tentaram avisar, mas eu estava cega, para mim estava tudo "numa boa"! Até hoje...
Finalmente compreendi o que à dias me andam a dizer...
Pobrezinho do meu bebe, do meu amor... Esta a precisar de ser tratado pela mama!
Este HP está cada vez pior! Precisa de uma urgente limpeza!
Tenho de tirar umas horinhas para tratar do meu bebé!
(olhem ele aqui! tão lindo! )
À momentos na nossa vida que recordamos coisas que à anos tentamos apagar.
Mágoas passadas que marcaram uma época, uma fase da minha vida em que quase desisti de mim, de tentar, de lutar, de mudar...
Ano de 1999, 5º ano: nova escola, novos ares, supostos, novos amigos.
Entrei para um colégio privado, segundo muitos, o melhor da zona. Colégio liderado por dois padres professores. Colégio onde se misturavam os ricos, meninos e meninas de médicos, professores, advogados, engenheiros, etc., e os menos ricos, meninos e meninas cujo os pais trabalhavam em empregos menos prestigiantes e, eu, incluía-me nestes últimos.
Quando entrei, já era um bocadito gordinha, mas pouco... O meu peso não deveria variar muito do das outras meninas, tinha um bocadito mais de barriga.
Ano de 2000: segunda operação à garganta (não sei muito bem a que, o nome é estranho e não me recordo). Se até então era miúda de comer pouco, a partir daqui o meu apetite começou a crescer. Comecei a comer mais, em maiores quantidades.
Mas, é também ano de entrada na puberdade (não da menstruação, que veio mais tarde), mas sim das borbulhas! A minha auto-estima é fortemente abalada. Começo a comer para esquecer!
Ano após ano, começo a engordar. E, como isto, começo a evitar as aulas de educação física, sobretudo as aulas do primeiro período. Porque? Simples, era o período do atletismo: correr e mais correr... era sempre a última!
Nova operação, um quisto. Não me recordo ao certo do ano, talvez, 2002.
Se as aulas de desporto eram pouco frequentes, a partir daqui começaram a aumentar. Mas não muito. O meu professor ia-me motivando, mas era preciso mais. Os colegas e supostos amigos nunca ajudaram. A partir deste ano, o meu peso foi aumentado até chegar aos 95kg.
Os anos do colégio foram, provavelmente, os piores! Diversas vezes abandonei os jogos a chorar, outras vezes passava os intervalos no sitio mais escondido, sozinha ou a chorar.
Comia para esquecer. Esquecer que era a mais gordinha, o "bombo da turma", aquela a quem todos gozava e humilhavam.
De 1999 a 2004 imensos pensamentos inundaram a minha alma, a minha cabeça... Por diversas vezes pensei em desistir de mim... Outras vezes, pensava em tentar emagrecer, mas alguém parecia adivinhar o que queria e destruía-me com gozos e palavras menos bonitas... Foi através deles que descobrir o que era uma depressão...
Estes foram os anos, porventura, mais tristes da minha existência e são aqueles que eu quero esquecer. Não é fácil, mas quando olho para trás, sinto que isso me fez crescer.
Hoje, não desisto, nunca, jamais! Eu sei que valho. Sei que sou superior, diferente. Sei que posso mudar tudo, basta querer. Aprendi a acreditar em mim...
Quando olho para aqueles anos, vejo que foi forte! Fracos eram aqueles que comigo gozaram...
"Eu valho o esforço...", blog que descobri à uma hora, através de uma rede social. Um blog com o qual me identifico.
A semana tinha-me começado bem. O primeiro teste/frequência de Economia teve um resultado positivo, o que me deixou super feliz! É uma cadeira obrigatória, do 1º ano, que não consegui fazer.
A partir de quinta-feira, as coisas começaram a mudar.
Conheço a C. à relativamente pouco tempo. É uma rapariga jovem que parecia não ter problemas graves de saúde. Até que quinta-feira fiquei a saber que sofre de uma depressão crónica.
Passamos a manhã e início da tarde no hospital. Eu e T. à espera de novidades. Apenas sabiamos que estava mal e que já tinha levado, como se costuma dizer, uma "dose de cavalo" de calmantes...
Quando, finalmente, teve alta é que vimos a C.. Até então, só por mensagens ou chamadas sabiamos o estado dela.
Fiquei branca! Branca e palida! Só estive uns 5 minutos ao pé dela, mas pareceram 10!
Fiquei chocada em vê-la assim...
Ver idosos numa maca de hospital choca qualquer pessoa sensível... Mas, a mim, choca-me mais ver crianças e jovens; porque, normalmente são pessoas alegres, vivas, mexidas (tirando excepções!).
É por isto e por outras que ódeio hospitais!
Já passei por uma depressão.
A C. diz que não aparento ser pessoa que saiba o que é uma depressão: "Pareces ser tão calminha!"
Mas sim, sei o que é uma depressão! No entanto, nunca recorri a médicos nem cheguei a ter de entrar num hospital... Sabia que precisava, mas nunca quis. Talvez por saber que os meus pais, sobretudo o meu pai, não iria dar "muita importância". Por outro lado, nunca gostei de ser o centro das atenções, por isso guardava as mágoas para mim. Notava-se quando andava em baixo, mas raramente me conseguem arrancar uma palavra... Fingo estar tudo bem: um sorriso na cara, umas quantas frase engraçadas e já passou! Mas quando chego a casa, os doces são fontes de alegria e o papel e a caneta escravas da minha alma!
Comigo sempre foi assim...
Desde quinta que ando mais tristonha! Ver por duas vezes a C. num estado mais triste afectaram-me... Não ataco os doces, mas a música substitui... Não choro, mas desabafo neste blog...
Não tenho motivos para voltar a uma depressão... por enquanto!
Preciso de desabafar!
Preciso de escrever!
Preciso de me libertar desta dor, que por vezes, me vai sufocando!
Nunca foi de palavras... Nunca gostei de falar sobre mim, sobre as minhas dores, de mostrar os meus sentimentos... Finjo estar sempre tudo bem, mas lá no fundo, sei que não está. E, quando estou sozinha, acompanho as minhas dores, que transmito para o papel, com uma dose de lágrimas.
Mas, hoje fartei-me!
Fartei-me de escrever, para depois rasgar! Fartei-me de esconder as folhas do meu sofrimento para que outros não vejam. Hoje, decidi que iria escrever um blog.
Parece contraditório. Afinal, para que escrever um blog se escondo as folhas de papel? Para que escrever um blog se posso sempre apagar?
Não sei. Apenas sinto necessidade de escrever; escrever permanentemente, hoje, amanhã e passado. E, sinto que ao criar um blog, posso desabafar sem ser descoberta, mesmo que ninguém o leia.
Ninguém precisa de saber quem sou: sou uma jovem como tantas outras! Marias há muitas!
Não sei quanto tempo irá durar...
Apenas sei que escreverei o que me vier à cabeça... o que a minha alma mandar!
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