Decidi mergulhar nas lembranças passadas, naquelas que ainda hoje marcam o meu presente. Procurei as fotografias escondidas dos passeios, as cartas escritas pelas colegas de colégio no dia dos namorados e as dedicatórias feitas não há muitos anos pelas amigas de liceu.
Ao reler uma carta enviada, por uma colega, pela altura dos dias dos namorados, senti as lágrimas correm-me pela fase. Nela, reli uma frase que me marcou naquele dia e que me fez reviver-lo novamente:
"Maria, espero que encontres o teu príncipe encantado, para calares as más línguas... E, desculpa tudo o que já te fiz e o que te disse hoje."
Tentei relembrar o que me teria dito ela naquele dia, mas não consegui. Talvez melhor assim.
Contudo, ao abrir a carta senti entrar em mim a mesma tristeza de outrorá. A primeira frase da minha colega marcara-me. Depois de a ler, agarrei-me à almofada e deixei as lágrimas cair, questionando-me que "más línguas" seriam as que de me mim se diziam. Curiosamente, poucas foram as lágrimas que correram...
Então pensei: "Realmente encontrei o meu príncipe encantado: a solidão".
(editado às 19:36, 28 de Fevereiro)
estranha...
confusa...
esquisita...
aborrecida...
triste...
deprimida...
vontade de chorar...
vontade de gritar...
vontade de desaparecer e jamais voltar.
O pior é não conseguir descrever o que sinto, o que me vai na alma.
A querida Estrela colocou-me dois desafios que só hoje tive oportunidade de ler e responder.
O primeiro desafio consiste em indicar seis características que melhor me descreva. Pois aqui vão:
O segundo desafio consiste em identificar dez coisas de que goste, e eis o que gosto e não dispenso por nada...
Agora que já me dei a conhecer mais um pouquinho, os felizes contemplados são... todos aqueles que queiram responder!
Desde muito nova que já imaginava o que queria ser quando fosse maior. Aquilo fascinava de tal maneira que sonhava saber tudo o que fosse possível sobre a história dos mais diversos países.
Sonhava, desejava, acreditava, queria...
A paixão por esta área era tal, que afirmava com convicção que "só iria para a Universidade para tirar aquela licenciatura!".
O tempo passou e a paixão pelo estudo do passado seguia lá.
Contudo, a entrada no secundário fez perder parte da magia que sentia em mim. A primeira negativa e as influências ditaram a escolha que mais tarde iria fazer.
Afirmava-se que tal estudo não tinha saída nem futuro e o melhor a optar era algo que mais tarde pudesse dar emprego. Sociologia não é uma licenciatura de emprego com saída (quais serão, actualmente?), mas foi algo que me chamou a atenção. E se me perguntarem porque, não sei explicar... E desistir ou trocar não parece ser a solução, visto que aprendi a gostar.
No entanto, só agora, percebi que deveria ter seguido o meu sonho de menina. Não deveria ter-me importado com opiniões e negativas, mas sim com o meu desejo.
Sei que não é tarde para seguir aquele desejo, que irei realizar... só falta saber quando. O tempo ensinou-me que devemos seguir as nossas paixões e que as coisas mais difíceis são aquelas que mais valorizamos.
Ai se o arrependimento mata-se...
Depois de passar uma semana a ver e ouvir os programas da manhã da nossa TV a falarem do amor e de belas histórias de casais apaixonados, eis que foi desafiada pela Estrela para falar do amor.
O desafio consiste em:
Por conseguinte, para mim o amor é:
Algo de difícil explicação...
Amor é dos sentimentos mais belos e nobres do ser humano. Quando se ama, tudo parece mais fácil e parecemos capazes de alcançar as estrelas. Quando amamos e somos correspondidos, parecemos viver num mundo à parte, num mundo diferente, no mundo do amor.
O amor envolve diversos sentimentos: felicidade, alegria, esperança... Consiste na partilha de momentos de alegria e de tristeza, na luta, na esperança, numa entrega. Amor é a junção numa só alma.
Mas o amor não é apenas isto. Para lá deste sentimentos positivos, o amor traz consigo outros, tais como a dor, a angústia, o sofrimento.
Não encontro uma definição única para o amor, talvez porque ela seja de difícil definição...
"...o melhor amor é aquele que acorda a alma
e nos faz querer mais,
que coloca fogo em nossos corações
e traz paz as nossas vidas..."
(Diário de uma Paixão, Nicholas Sparks)
"Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade."
(Luís de Camões)
Desafio todos aqueles que quiserem dar a sua opinião acerca do que é o amor.
Só para dizer que estou de regresso e que sobrevivi a uma overdose de chocolates (sim, visto que passei a semana praticamente a "alimentar-me" deste bem)!
O Youtube é uma verdadeira caixinha de surpresas. Para lá das músicas e filmes caseiros, podemos descobrir coisas engraçadas ou chocantes.
Ontem, andei por esse site a ouvir músicas e não sei como cheguei aquele filme caseiro de miúdos de secundário e arrepie-me.
Na gravação era possível ver-se duas raparigas com idades entre os 15/16 anos. Uma delas gritava em bom tão ofensas à colega, batendo-lhe e ameaçando. A outra desgraçada não tinha forma como fugir, apenas se tentava desculpar. Por seu turno, os restantes colegas riam-se da cena e incentivavam a jovem a continuar a bater na colega.
Motivo? Alegadamente a jovem que estava a ser agredida teria enviado um comentário ou mensagem para o Hi5 do namorado da outra jovem. Apesar de afirmar que tinha feito o mesmo para todos os colegas de turma e não apenas para o tal rapaz, esta continuava a ser física e verbalmente agredida e humilhada pela colega, bem como por quem assistia.
Não sei à quanto tempo fui colocada esta gravação, mas era possível ver-se noutras versões deste filme. Fiquei chocada com o que vi, ficando a pensar no que será a sociedade futuramente.
Hoje em dia, as crianças parecem vir desprovidas de sentimentos, valores e respeito pelos seus semelhantes. Olham para os outros como seres inferiores...
Quando sai da minha vila Minhota para a dita "grande cidade", notei grandes diferenças entre o ambiente em que cresci e o de aqui.
Olho para os miúdos e miúdas na rua e vejo-os a querem comportar-se como maiores. Crianças com 10/12 anos que agem como adolescentes de 16/17 anos.
Fumam, vão para bares e discotecas até "às tantas da manhã", "bebem até cair para o lado", vestem-se e maquilham-se para parecerem mais velhas e perdem a virgindade cada vez mais cedo... Conheço casos de miúdas que perderem a virgindade muito cedo e, ainda adolescentes, engravidam só para agarrar os namorados!
Cada vez mais se dá valor ao materialismo em detrimento dos valores da amizade, amor, respeito, compaixão, etc. Preferem-se os telemóveis, os IPhones, os computadores de última geração... Imitam o que vêem na televisão e acreditam que aquilo será o mais certo... Fazem birras e exigem aos pais quem lhes comprem aquilo que desejam, o mais caros, o melhor. Descriminam e humilham os outros por serem diferentes (gordos, feios, magros, velhos, pretos, deficientes...), por serem "especiais", como gosto de lhes chamar.
E de quem será a culpa? Da televisão? Dos pais? Das "modernizes"? Ou da sociedade em geral?
Tenho medo do que o futuro reservará a esta nova geração que se irá formar...
Felizmente nem todos são assim e ainda é possível encontrar-mos crianças que "escapam".
Porque é que havia de me sentir sozinha? Raras vezes na minha vida, desde que me lembro de mim, tive um sentimento de solidão. E não me sinto mal na minha companhia, divertimo-nos muito as duas, eu e eu. Não me aborreço.
Não sei o que é a solidão. Nunca me senti só. Acho fantástico ficar comigo mesma, com meus milhões de dúvidas e preocupações.
Sempre gostei de imaginar e inventar coisas novas e hoje não foi excepção.
Há semanas que ando a rezar por um diazito de sol, só um, para por a roupa a lavar. Hoje de manhã parecia que os Deuses tinham ouvido as minhas orações e portanto lá foi eu por a máquina a lavar.
Eis que a meio da manhã as nuvens negras se aproximam e começa a chuver!!! Podia fazer vento, mas chuver era tudo o que menos queria!!! Por isso, decidi rasgar uns quantos sacos da Wortem e companhia e colocar sobre o estendal! Bem ou mal, com os sacos em cima e o vento que faz, uma parte da roupa ira secar (espero eu!).
Quando contei à minha mãe esta ideia maravilhosa que tive, riu-se que nem uma perdida e diz: "Só mesmo tu!" Realmente só uma maluca para fazer isto.
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