Domingo, 17 de Maio de 2009

A pikena (parte 2).

O meu irmão tinha saido até ao café.

A minha mãe ficará com a pikena em casa, muito provavelmente a ver aquelas novelas tão lindas, emocionantes, cativantes e sempre tão diferentes da anterior que só a TVI sabe fazer. E, enquanto a mãe se entretia com as ditas novelas, a pikena pedira-lhe emprestado o telemóvel (ela tem telemóvel próprio, mas é como se não tivesse, porque particamente já deu cabo de um telemóvel que nas minhas mãos durou dois aninhos e parecia novo!) para falar com o seu mais que tudo S.. E para que a mãe não desse conta das constantes mensagens, decidiu-lhe tirar o som.

Se bem a troca de mensagens daquele casalinho, aquele desgraçado telemóvel nunca recebera tanta mensagem num só dia! O meu, só ao fim-de-semana recebe mais mensagem do que eu num mês. Aliás, eu deixo de ser dona do meu pobre Nokia. De tanto uso que ela lhe dá, já consegui fazer algo que eu em dois anos nunca consegui: partir teclas, desgasta-las e quase partir o ecrã. Digamos que o meu pobre Nokia só conheceu as palavras trabalhar no duro desde a Páscoa.

Ora, quando a minha mãe se foi deitar e exigiu o telemóvel de volta não se apercebeu que ele estava sem som. Aliás, ela nem sequer sabe fazer isso e volta e meia ouve-se um có có ro có có, o seu galo, o que já a fez passar por uma belas figurinhas (como um dia em que lhe telefonei e ela estava na missa).

Deitou-se tudo a dormir e ninguém mais se lembrou do meu pobre irmão.

Eram cerca das duas da manhã quando a mãe acordou relembrando que tinha um filho! Olhou para o telemóvel e... 20 chamadas não atendidas de Z. Telefonou-lhe e eis a bela conversa entre mãe e filho:

 

Onde estás tu?

Mama, eu estou cá em baixo!

A onde?

Fora da porta à duas horas!

 

Lá se levantou e foi abrir a porta ao pobre do meu mano.

Segundo ele, estaria ali à cerca de duas horas e já teria tocado a todas as campainhas e nada (o que é deveras normal, ó tótó!)

Sabem, acho que a inteligência do meu irmão fugiu... Desconfio que ela não sabe o que serão chaves (desconfiar é feio! por isso afirmo que ele não sabe o que são chaves e arrisco-me a dizer que ele estava trancado num wc enquanto Deus distribuia a inteligência)!

Quanto à pikena... Cheira-me que deve ter levado um belo e grandioso sermão de missa cantada não só do Z. mas também da mãe, que odeia que lhe mexam no telemóvel.

É caso para dizer... Boa pikena, só mesmo tu!

Estou a ouvir: Beyoncé : halo!
Escrito por DesabafosDaMinhaAlma às 10:51
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Quarta-feira, 13 de Maio de 2009

Recordar.

Desde Domingo que ando numa de recordar as velhas músicas da minha infância e adolescência. E desde então, sempre que vou ao YouTube é para ouvir as músicas da maior boys band de todos os tempos: Backstreet Boys!

E que saudades! Sempre que começava a ouvir alguma música deles na rádio ou na televisão parava tudo e cantava (apesar do meu péssimo inglês) e dançava... e sonhava! Sonhava com aqueles dois loirinhos que me derretiam com aquele olhar... A mim e a aos milhões de fans que a banda tinha! Aliás, criei um amor platónico por eles... Coleccionava as revistas da Bravo e da Super Pop, guardava os post, sabia tudo e mais alguma coisa, sonhava conhece-los e casar-me com um deles. Ou seja, o comum nas milhões de fans!

Sabe tão bem recordar as músicas que noutra altura nos fizeram tão felizes!

Aqui ficam duas das minhas músicas favoritas:

 

 

 

Apesar de gostar dos dois loirinhos da banda, confesso que aquele que me deixava mais louca era este:

 

 

Digam lá que não era lindo?!

 

Quando mostro os vídeos à minha mana, a parola diz que são Uns trengos feios!  O que?! Feios?! E acrescenta que cantam mal!

Pois, os Tokio Hotel ou os Jones Brother são mais bonitos e cantam muito melhor, não acha dúvida!

Estou a ouvir: Backstreet Boys : nunca te hare llorar
Escrito por DesabafosDaMinhaAlma às 11:19
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Terça-feira, 10 de Março de 2009

Sou mesmo tonta!

Isso mesmo, sou uma tonta ou melhor, burra! Sim, é verdade, passo a explicar...

Decidi que hoje era o dia de comprar o que tanto me faltava: o ferro de engomar e o mp3. O autocarro vinha cheio, parecíamos salsichas enlatadas. Entrei e piquei a senha e (pensando eu) coloquei a senha na pequena mala de tiracolo. Até aqui nada de especial.

Entrei na loja dos electrodomésticos e escolhi o que necessitará. Dirigi-me à caixa, tendo à minha frente duas adolescente à espera de pagar o novo telemóvel. Chegada a minha vez, pedi a factura (como boa cidadã que sou e gaja que "entope filas") e enquanto aguardava olhava o ecrã indicando os preços e os produtos. Qual não é o meu espanto quando vejo uma senha dos autocarros mesmo ali, "à mão de semear"! Optei por deixar a senha no seu sitio, esperando que as suas donas (partindo do principio que seriam as duas adolescentes) o viessem recolher. E arrependi-me...

Cheguei à paragem e procurei desesperadamente a minha senha. E nada! Não a encontrei.

Moral da história, há coisas que não acontecem por acaso. E eu que pensará: "E porque não levar a senha? Ficava com mais!"

Que raiva!

Hoje estou: burra!
Estou a ouvir: Marron 5 : wont go home without you
Escrito por DesabafosDaMinhaAlma às 18:14
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Segunda-feira, 9 de Março de 2009

Barbie.

A Barbie faz hoje 50 anos. Graças ao seu aniversário recordei os meus tempos de menina, em que a inocência e a imaginação fazia parte do meu quotidiano.

Relembrei as horas passadas, trancada no quarto, revirando-o de "pernas para o ar". Transformava o meu quarto num mundo de imaginação.

A cama fazia de casa de bonecas, a casa que nunca tive. As almofadas eram as camas, enormes camas de casais. As poucas Barbies que tinha eram tratadas com o maior dos carinhos e os peluches mais bonitos transformavam-se nos Ken que não tivera. Nas minhas histórias eram sempre os peluches os monstros, transformados em belos príncipes pela Helena, Sofia, Raquel ou Beatriz, nome que dava às minhas Barbies. Na minha cabeça recriava a história da "Bela e do Monstro".

Nas gavetas e nas caixas escondiam-se os utensílios de cozinha. Tachos, panelas, pratos, garfos e uma serie de brinquedos saem do seu esconderijo para ganharem vida na peça que criava. Nas gavetas da sala procurava pequenos panos de decoração e da estante retirava os livros de capa dura: os primeiros seriam as cobertas das camas ou da mesa os segundos, as mesas. 

Outras vezes, a cama era a sala de aula, Barbies e peluches os alunos, os velhos livros da primária tornavam-se grandes manuais para as pequenas Barbies e eu... eu era a professora, umas vezes dura outras vezes carinhosa.

Durante horas e horas eu era a principal encenadora, era eu que ditava os finais de cada personagem que criava. Como era bom ser menina...

Não tive muitas Barbies. Na verdade, creio que apenas tive duas. Limitava-me a sonhar.

A Barbie Bela Adormecida foi aquele que mais me marcou, talvez por ser a mais bonita ou porque ainda hoje a tenho. A ela destinara-lhe o meu nome e o final mais bonito. Todas tinham finais felizes, mas aquela era especial...

Todas as minhas bonecas duravam anos, quer fosse Barbies verdadeiras ou Barbies falsas, mais feias que as verdadeiras. Por todas tinha um carinho especial, tratava-as como objectos valiosos.

Quando já não tinha mais histórias para criar, passei o meu pequeno "tesouro" à minha irmã. Mas as histórias que ela criava tornaram-se diferentes, histórias que as minhas Barbies nunca tinham vivido. Elas tornavam-se "autênticas lutadoras", destruindo-se; ou melhor, destruindo-as a minha irmã. Ela era o oposto de mim (apesar de eu ser o seu modelo, o exemplo a seguir).

Aos 11 anos ainda brincava com elas. Aos 11 anos a minha irmã não lhes liga nada. Fui uma adolescente tardia, não me arrependo. Como era bom ser criança, passar horas a brincar, a sonhar a imaginar um futuro colorido.

Obrigada Barbie pelas horas de ilusões, cores, dessarumação, transformações e tantas outras coisas que eu fazia.

 

(a minha Bela Adormecida era bem mais bonita que esta! )

 

Hoje estou: saudades!
Estou a ouvir: Ala dos Namorados : caçador de sóis
Escrito por DesabafosDaMinhaAlma às 19:38
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Quarta-feira, 4 de Fevereiro de 2009

Youtube, hi5, adolescentes e o futuro.

O Youtube é uma verdadeira caixinha de surpresas. Para lá das músicas e filmes caseiros, podemos descobrir coisas engraçadas ou chocantes.

Ontem, andei por esse site a ouvir músicas e não sei como cheguei aquele filme caseiro de miúdos de secundário e arrepie-me.

Na gravação era possível ver-se duas raparigas com idades entre os 15/16 anos. Uma delas gritava em bom tão ofensas à colega, batendo-lhe e ameaçando. A outra desgraçada não tinha forma como fugir, apenas se tentava desculpar. Por seu turno, os restantes colegas riam-se da cena e incentivavam a jovem a continuar a bater na colega.

Motivo? Alegadamente a jovem que estava a ser agredida teria enviado um comentário ou mensagem para o Hi5 do namorado da outra jovem. Apesar de afirmar que tinha feito o mesmo para todos os colegas de turma e não apenas para o tal rapaz, esta continuava a ser física e verbalmente agredida e humilhada pela colega, bem como por quem assistia. 

Não sei à quanto tempo fui colocada esta gravação, mas era possível ver-se noutras versões deste filme. Fiquei chocada com o que vi, ficando a pensar no que será a sociedade futuramente.

Hoje em dia, as crianças parecem vir desprovidas de sentimentos, valores e respeito pelos seus semelhantes. Olham para os outros como seres inferiores...

Quando sai da minha vila Minhota para a dita "grande cidade", notei grandes diferenças entre o ambiente em que cresci e o de aqui.

Olho para os miúdos e miúdas na rua e vejo-os a querem comportar-se como maiores. Crianças com 10/12 anos que agem como adolescentes de 16/17 anos.

 Fumam, vão para bares e discotecas até "às tantas da manhã", "bebem até cair para o lado", vestem-se e maquilham-se para parecerem mais velhas e perdem a virgindade cada vez mais cedo... Conheço casos de miúdas que perderem a virgindade muito cedo e, ainda adolescentes, engravidam só para agarrar os namorados!

Cada vez mais se dá valor ao materialismo em detrimento dos valores da amizade, amor, respeito, compaixão, etc. Preferem-se os telemóveis, os IPhones, os computadores de última geração... Imitam o que vêem na televisão e acreditam que aquilo será o mais certo... Fazem birras e exigem aos pais quem lhes comprem aquilo que desejam, o mais caros, o melhor. Descriminam e humilham os outros por serem diferentes (gordos, feios, magros, velhos, pretos, deficientes...), por serem "especiais", como gosto de lhes chamar.

E de quem será a culpa? Da televisão? Dos pais? Das "modernizes"? Ou da sociedade em geral?

Tenho medo do que o futuro reservará a esta nova geração que se irá formar...

Felizmente nem todos são assim e ainda é possível encontrar-mos crianças que "escapam".

Estou a ouvir: The Fray : how to save a life
Hoje estou: com medo.
Escrito por DesabafosDaMinhaAlma às 20:40
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