Cada vez amo mais aquele meu professor...
Para além da humilhação que nos fez passar, decidiu tratar-me pelo segundo nome (o que não gosto nadinha) e trocar o meu apelido...
O que uma pessoa sofre para tirar o canudo! E o semestre que nunca mais acaba!
Apesar da minha boa disposição esta semana, ando chateada e aborrecida, isto porque:
E penso que não me esqueci de nada...
Um miminho é sempre bem vindo, sobretudo quando sentimos a carência deles... Eis o miminho que recebi ontem:
"Prémio para um blog que vale a pena ler"
Ditam as regras deste prémio que:
A estes últimos vou salta-los por dois motivos:
Assim sendo, ofereço este miminho a todos aqueles que costumo ler e comentar.
Beijos e, desde já, desejo um bom fim-de-semana.
Depois das férias, do "papo para o ar", do nada fazer e de apenas me movimentar para mudar o canal da televisão (exagero! é claro que não passei as tardes a ver TV...) eis que regresso à rotina das aulas, dos trabalhos, das apresentações e fichas de leitura, dos livros e das frequências... enfim, à vida de estudante!
Para além do regresso à vida académica, eis também o regresso à dieta... Na segunda-feira, dia de beijar a Cruz na terra dos meus tios, comi à farta, do que me apeteceu e sem olhar ao que.
E a vossa Páscoa que tal foi?
A aula de hoje foi, simplesmente, hilariante.
O meu colega (com idade para ser nosso pai) teria como missão apresentar um texto, cujo o tema já por si é chato e aborrecido (mas que eu não considero).
Logo se adivinhava uma apresentação engraçada quando, o professor o chamou e ele mal sabia mexer no computador da sala... É natural e compreensível que ele tivesse dificuldades em funcionar com aquelas velhas latas.
Ultrapassadas as dificuldades, eis que começa a dita apresentação.
Inicialmente todos nós estávamos atentos, mas cinco minutos depois parecíamos que estávamos a morrer, incluindo eu que já não sabia o que desenhar mais no caderno. Eu adoro aquele tema, juro, mas com o meu colega a apresentar é de esquecer...
Parecia que ele estava a morrer. Para juntar à festa, em vez de apresentar para nós, os alunos e para o professor, apresentava para a parede!
A dada altura ele lá se perdeu nas suas ideias e pediu ajuda à colega mais próxima mas sem sucesso; voltando-se para o professor diz-lhe:
- Doutor, ajude-me. Como se chama...
Olhamos todos para o professor e qual não é o nosso espanto quando este responde:
- Ah?! Diga, estava distraído!
Foi o risota total! Aquele professor tão sério e exigente, que assusta qualquer aluno, estava distraído e vermelho que nem tomate!
E ainda quer ele que estejamos atentos à matéria!!!
O meu caderno diário é uma autêntica gatafunhada de letras, setas, números... São apontamentos (se é que os podemos apelidar como tal!) de difícil compreensão e em que poucos o percebem, apenas eu própria (mal seria!) e uma ou outra pessoa.
Outrora, era das pessoas mais organizadas com os cadernos diários. Os títulos tinham uma determinada cor, os subtítulos igualmente, existiam bolinhas, tracinhos e mais uns quantos elementos de organização. Antes da minha entrada na Universidade, os meus cadernos diários eram a perfeição!
Agora tudo mudou. Se quero apanhar tudo (ou quase tudo) do que os professores dizem tenho de fazer tudo à baldas...
Graças a esta desorganização, vejo-me obrigada a passar diariamente em folhas que, posteriormente coloco num dossier, todas as informações recolhidas durante as aulas. Aqui sim, exijo profissionalismo (ou quase) a mim própria... Na verdade, é frequente encontrar pequenos vestígios de corrector pois, não raras as vezes, me confundo na minha desorganização.
Ontem, andava eu "numa de passar os apontamentos a limpo" (porque nem sempre apetece) e comecei pela cadeira sobre os autores contemporâneos da Sociologia. A meio da minha escrita, relembrei o momento em que o professor repetidamente diz a seguinte frase:
- Com certeza que nem todos vocês escolheram Sociologia como primeira opção. Contudo, à medida que foram avançando foram-se identificando com o curso.
Nisto, a "Mafalda" diz-me:
- Ouvistes o que disse o professor?
- Ouvi. Mas eu sou especial e sou ao contrário.
Eis que ele prossegue no seu belo exemplo:
- Outros, em contrapartida, entraram na primeira opção mas, e espero que não seja esse o caso, começaram a não se identificar com o curso...
Olhei para a "Mafalda" e logo compreendeu em qual me encaixava.
Se ele soube-se o quanto eu o odeio quando ele utiliza este exemplo...
O meu dia estava a correr lindamente...
Comecei o dia com disposição e alegria; a apresentação oral do texto correra bem e nem a professora antipática e a sua aula chata me consegui tirar do meu contentamento. Parecia correr tudo lindamente, até à pouco...
Ao falar com o D., o amigo virtual, começei a relembrar o passado... O colégio, os gozos e humilhações, o secundário, os complexos, a falta de auto-estima e, consequentemente, o R..
Porque dói tanto pensar no que poderiamos ter feito e não fizemos?
Acordei cedo e segui a rotina habitual de sempre: tomar banho, vestir, maquilhar (sem grandes exageros), arranjar o cabelo...
Esperei que o telemóvel toca-se para saber se deveria esperar pela "Mafalda" para irmos juntas para a faculdade. Nada, no telemóvel não aparecia a tão aguardada mensagem. Segui sozinha o percurso, já ia atrasada.
Cheguei à sala de aula e nem sinal do professor ou dos restantes colegas de turma. "Talvez o professor ainda esteja doente e não venha" pensará eu.
Pelo caminho encontro um colega de turma:
- Então, Maria, não vais à aula?
- Eu ia, mas cheguei à sala e estava lá outra turma...
- Então mas a aula não é só às 10?
- É. Então que horas são?!
- 9h10!
Ok, decididamente isto só comigo!
"Alguma dúvida?"
Questiona o professor.
"Sim, importa-se de começar desde o início?!"
Pergunta-me o meu eu interior.
Aprender é das melhores coisas da vida. Estamos sempre a descobrir novos saber, mesmo que não o queiramos. Alguns desses saberes nós já os conhecemos, contudo, não sabemos a sua validade, se estão correctos ou errados.
Esta semana confirmei algo que já sabia, algo que o tempo já me tinha ensinado. Parece que à 20 anos me sinto assim...
"Quando não estamos bens connosco, também não o estamos com a sociedade, com os outros."
Ando a superar-me...
Desde miúda, mais propriamente desde os 5 ano de escolaridade, que criei imensos complexo com o meu corpo. Desde essa altura que criei uma espécie de ódio-amor por mim própria, ora me adoro, ora me ódio; sendo o mais habitual, ódiar-me.
Um dos meus complexos diz respeito à pernas. Nunca gostei delas! Se pudesse, já à muito que as tinha cortado e trocado por outras... Sempre as achei gordas de mais quando comparadas com a maioria das miúdas.
Ora, graças a este complexo, sempre foi incapaz de usar saias acima dos joelhos, nem que fosse só um bocadinho! Este complexo já me trouxe muitos desgostos e tristezas, já me impediram de fazer muita coisa... Fartei-me!
Hoje, eu e a I. de-mos uma de "baldas". Não fomos à aula e andamos a passear e a conversar. Numa das ruazitas, encontramos uma loja em promoção de Natal. Entramos, tipo devoradoras de roupa (sim, se fosse possível, traziamos a loja inteira!), cuscando todo o tipo de roupa. Eis que minha pessoa encontra um lindíssimo vestido castanho e toca a experimentar! Sai-o dos provadores à procura da I., todas as mulheres a olharem para mim (vai-se lá saber porque!), e quando a encontro diz-me:
I. - Estas linda! Fica-te tão bem!
Eu - Não sei, isto é um bocado curto...
I. - Não é nada, esta-te tão bem!
Quando olho à minha volta, tenho as mulheres todas a abanar com a cabeça a dizer que sim. Comprei o vestido e não me arrependo.
Os meus complexos tem me impedido de muita coisa... Não é do dia para a noite que se muda algo que esta, de tal maneira entranhado em nós, que parece não querer sair por mais força que se faça... vai-se mudando. Preciso de ganhar mais confiança em mim, amar-me. Não é fácil... Nada é fácil.
Não é com dois vestidos mais curtos que me vou passar a adorar e a deixar os complexo no caixote do lixo. Vou tentado, dia a pós dia, mudar a minha maneira de ser.
Já pensei desistir, mas olho o passado, para que voltar a desistir de mim?! Fiz-o uma vez, não o farei segunda vez, não quero nem posso...
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