Acordei cedo, depois de uma noite mal dormida. Tomei banho, vesti-me e arranjei-me. Nada de especial, numas horas estaria em casa.
Procurei um caderno, onde pudesse escrever o que sentia. Comecei a escrever, numa espécie de rascunho. Mas, depois parei: Para que escrever em rascunho, se esta é uma carta de despedida? - pensei eu.
Parei de escrever no caderno e peguei em algumas folhas guardadas numa capa e assim a recomecei, escrevendo apenas o que sentia, sem me preocupar com a apresentação ou organização...
Escrevi tudo o que sentia, o que me vinha à alma, o que o meu coração mandava e aos quais as minhas mãos obedeciam.
Nem uma lágrima deita. Noutras alturas, sempre que de ti falava as lágrimas depressa corriam e as palavras que o meu coração ditava não chegavam ao fim. Desta vez foi diferente... Apesar de sentir me sentir triste, terminei a minha carta, aquela que eu já deveria ter escrito à muito tempo.
Comi apressadamente. Queria despedir-me de ti antes que começa-se a chover. Não queria perder a coragem, como outras alturas acontecera.
Liguei o MP3, entrei no elevador e apanhei o autocarro que me levaria para junto do Rio. Será que isto me vai ajudar a esquecer-te e a escrever uma nova página na minha vida? - pensará eu ao longo do percurso.
Cheguei à paragem e pensei em desistir: De que me valeria deitar uma carta ao Rio?. Contudo, sentia que era o melhor que poderia fazer; de nada poderia servir, era apenas uma simbólica despedida a um amor que nunca existiu mas, talvez ajuda-se.
Uma leve chuva comecou a cair e a minha dor de cabeça novamente regressou quando me apróximava do local.
Escolhi um local isolado, junto aos patos que por ali andam, e onde dobrei em vários papéis a carta... e atirei-a ao Rio. Fiquei a olha-la um pouco, muito pouco tempo, talvez segundo. Não por causa da chuva, mas porque me sentia demasiado triste para ficar ali.
Já algo distânte, olhei de novo para o local, olhei para o rio e para a cidade.
Não posso continuar a viver do passado, esperando que ele traga quem eu sempre quis ou, quiçá, alguém semelhante... Não posso continuar a viver pensando no que poderia ter sido se eu tivesse tido a coragem, a força de por ti ter lutado... Simplesmente não posso continuar a sofrer... Quero parar de me lamentar...
E tal como tu, quero seguir a minha vida e encontrar alguém, alguém a quem possa ofercer o que tu não quissestes, alguém a quem possa dizer palavras doces, com quem possa olhar as estrelas, onde possa partilhar os meus problemas, as dúvidas, os receios, as alegrias, vitórias... Queria que, simplesmente, tivesses sido o meu primeiro namorado.
R., guardarei os bonitos episódios que vivemos, lembrar-me-ei de ti não como alguém que me fez sofrer, mas sim como um bom colega de turma e um excelente amigo.
Lançada a carta ao Rio, quiçá uma nova página escreva na minha vida... Porque eu só quero ser feliz!
Nunca digas que esquecestes um grande amor. Diz apenas que já podes dizer o seu nome sem que os teus olhos se encham de lágrimas.
... porque eu quero ser feliz ...
"Na vida ...
... temos um segredo inconfessável ...
... um arrependimento irreversível ...
... um sonho inalcançável ...
... e um amor inesquecível."
Já consultei uma daquelas mulheres que afirmam prever o nosso futuro; foi à cerca de dois anos. Até então era muito céptica em relação a este assunto; fiz-lo pela curiosidade, para ver que "tretas" iria ela prever para o meu futuro.
Foi engraçado e sub real.
Começou por traçar o meu destino profissional. Entraria na Universidade, no curso que queria (na altura sim; hoje não), onde iria ter muito sucesso sendo o local para onde me deslocaria longe e sem amigos ou conhecidos. Depois preveu o futuro familiar e as relações sociais que iria estabelecer, ou seja, os potênciais amores e as amizades. Neste último, a senhora leu que eu me encontrava apaixonada mas não era correspondida...
- "Como sabe ela isto? Nem a minha mãe o imagina!" - Quando ela me diz isto o meu coração acelarou...
Avançou nas suas previsões. Leu, nas suas cartas, que encontraria um rapaz com quem namoraria e outras coisas.
Quando sai só pensava numa coisa: "Como sabe ela do R.?" Depois raciocínie: "E qual é a rapariga que nunca gostou de alguém e não foi correspondida?!"; por isso, não dei grande credibilidade ao que ela me dizera, até à pouco tempo...
A R., uma amiga de Faculdade, viu o seu relacionamento de 5 anos terminar sem qualquer justificação. Deseperada, pediu ajuda duas destas profissionais, queria tentar encontrar um "porque" para o fim, uma justificação para as mudança de atitudes e de comportamentos dele. Simplesmente algo para a consolar.
Na altura não ligamos, só o tempo poderia comfirmar o que por elas fora previsto. O avançar das semanas confirmaram as suspeitas das duas mulheres... Realmente, as coisas aconteceram.
Começei a acreditar. No entanto, comigo muito do que foi dito ainda não aconteceu. É certo que as coisas foram previstas para o final do curso e que ainda falta, pelo menos, um ano para tal.
Apesar deste últimos acontecimentos, continuo a não ligar muito. Contrariamente à R. (e até à minha mãe, a grande responsável pela minha visita de à dois anos), não faço das previsões destas senhoras a minha vida. Acredito que as coisas acontecem por algum motivo, tudo tem uma razão lógica, uma explicação. Para mim, o que tiver de ser, há-de-o ser, quer saibamos ou não. Acredito que depende de nós realizarmos os nossos desejos, sonhos e projectos... Mas, admito que sabe bem sabermos que algo que desejamos (ou não) se irá realizar...
Já a algum tempo que falo com a C..
Não a conheço, nem tão pouco sei como conseguiu o meu email. É uma miúda nova, algo imatura. Normalmente pede-me conselhos amorosos ou ajuda com as tarefas escolares e, geralmente, não recuso apoia-la.
À cerca de uma semana desabafou comigo o fim do relacionamento que mantinha com um rapaz alguns anos mais velho do que a C.. Estava preocupada com a repentina mudança do namorado, que terminara sem uma justificação. Dei os conselhos, que achava mais plausíveis e correctos. Qual não é o meu espanto quando percebo que ela nunca manteve contacto físico com esse rapaz, que o namoro dela era virtual!
Fiquei espantada e horrorizada!
Tentei, então, explicar-lhe que namoros pela internet quase sempre dão mau resultado. Tentei alertar-lá para os riscos que poderia estar a correr.
Ok, devo confessar que eu também falo com um rapaz que não conheço à cerca de 4 meses, mas vai da ia a apaixonar-me ainda falta um longo caminho (se é que existe neste casos)...
Aparentemente, a C. abriu os olhos e decidiu não ligar mais nenhuma aquele rapaz que conhecera na internet.
Hoje voltamos a falar sobre ele. Disse-me que o iria esquece-lo e começou a falar-me de um rapaz palpável e real que mora perto dela. Dei-lhe o meu apoio. Nada de anormal, até ela me dizer que estava a falar com ele, pelo telemóvel, e que já o pedirá em namoro!
Ok... Eu talvez seja muito retrógrada ou talvez excessivamente romântica e sonhadora, mas desde quando se pede alguém em namoro por telemóvel?! Mais, o que será o amor para as novas gerações?! A C. dizia amar, em apenas um mês, um rapaz que nunca virá!
Cada vez mais me choca a forma como as novas gerações encaram a vida em todas as suas formas...
É chocante que as novas tecnologias substituirá o que outrora eram momentos importantes na vida de cada um de nós, tal como o pedir em namoro; e é revoltante a forma como os mais novos olham o amor... Em apenas um mês diz-se amar alguém, quando na realidade, amar é muito mais do que uma troca de beijos e de sexo.
Desde muito nova que já imaginava o que queria ser quando fosse maior. Aquilo fascinava de tal maneira que sonhava saber tudo o que fosse possível sobre a história dos mais diversos países.
Sonhava, desejava, acreditava, queria...
A paixão por esta área era tal, que afirmava com convicção que "só iria para a Universidade para tirar aquela licenciatura!".
O tempo passou e a paixão pelo estudo do passado seguia lá.
Contudo, a entrada no secundário fez perder parte da magia que sentia em mim. A primeira negativa e as influências ditaram a escolha que mais tarde iria fazer.
Afirmava-se que tal estudo não tinha saída nem futuro e o melhor a optar era algo que mais tarde pudesse dar emprego. Sociologia não é uma licenciatura de emprego com saída (quais serão, actualmente?), mas foi algo que me chamou a atenção. E se me perguntarem porque, não sei explicar... E desistir ou trocar não parece ser a solução, visto que aprendi a gostar.
No entanto, só agora, percebi que deveria ter seguido o meu sonho de menina. Não deveria ter-me importado com opiniões e negativas, mas sim com o meu desejo.
Sei que não é tarde para seguir aquele desejo, que irei realizar... só falta saber quando. O tempo ensinou-me que devemos seguir as nossas paixões e que as coisas mais difíceis são aquelas que mais valorizamos.
Ai se o arrependimento mata-se...
O Youtube é uma verdadeira caixinha de surpresas. Para lá das músicas e filmes caseiros, podemos descobrir coisas engraçadas ou chocantes.
Ontem, andei por esse site a ouvir músicas e não sei como cheguei aquele filme caseiro de miúdos de secundário e arrepie-me.
Na gravação era possível ver-se duas raparigas com idades entre os 15/16 anos. Uma delas gritava em bom tão ofensas à colega, batendo-lhe e ameaçando. A outra desgraçada não tinha forma como fugir, apenas se tentava desculpar. Por seu turno, os restantes colegas riam-se da cena e incentivavam a jovem a continuar a bater na colega.
Motivo? Alegadamente a jovem que estava a ser agredida teria enviado um comentário ou mensagem para o Hi5 do namorado da outra jovem. Apesar de afirmar que tinha feito o mesmo para todos os colegas de turma e não apenas para o tal rapaz, esta continuava a ser física e verbalmente agredida e humilhada pela colega, bem como por quem assistia.
Não sei à quanto tempo fui colocada esta gravação, mas era possível ver-se noutras versões deste filme. Fiquei chocada com o que vi, ficando a pensar no que será a sociedade futuramente.
Hoje em dia, as crianças parecem vir desprovidas de sentimentos, valores e respeito pelos seus semelhantes. Olham para os outros como seres inferiores...
Quando sai da minha vila Minhota para a dita "grande cidade", notei grandes diferenças entre o ambiente em que cresci e o de aqui.
Olho para os miúdos e miúdas na rua e vejo-os a querem comportar-se como maiores. Crianças com 10/12 anos que agem como adolescentes de 16/17 anos.
Fumam, vão para bares e discotecas até "às tantas da manhã", "bebem até cair para o lado", vestem-se e maquilham-se para parecerem mais velhas e perdem a virgindade cada vez mais cedo... Conheço casos de miúdas que perderem a virgindade muito cedo e, ainda adolescentes, engravidam só para agarrar os namorados!
Cada vez mais se dá valor ao materialismo em detrimento dos valores da amizade, amor, respeito, compaixão, etc. Preferem-se os telemóveis, os IPhones, os computadores de última geração... Imitam o que vêem na televisão e acreditam que aquilo será o mais certo... Fazem birras e exigem aos pais quem lhes comprem aquilo que desejam, o mais caros, o melhor. Descriminam e humilham os outros por serem diferentes (gordos, feios, magros, velhos, pretos, deficientes...), por serem "especiais", como gosto de lhes chamar.
E de quem será a culpa? Da televisão? Dos pais? Das "modernizes"? Ou da sociedade em geral?
Tenho medo do que o futuro reservará a esta nova geração que se irá formar...
Felizmente nem todos são assim e ainda é possível encontrar-mos crianças que "escapam".
"Nada é eterno neste mundo de loucos, nem mesmo os nossos problemas"
(Charles Chaplin)
A pergunta que se coloca é: será mesmo assim?
Espero que sim...
À músicas que me tiram fora de mim...
João Pedro Pais tem uma música da qual fujo, não gosto, odeio... Gosto do cantor e da generalidade das músicas, mas daquela não! Fico deprimida, com a lágrima ao canto do olho.
Os meus colegas e amigos não percebem porque odeio-a tanto, porque não lhe posso ouvir o inicio! Custa-me escrever disto, falar seria mais doloroso...
Porque? Porque ele volta aos meus pensamentos, ele, o R..
O R. foi a minha primeira (e talvez, a única) grande paixão que tive até hoje. Sem pedir autorização, a amizade e a atracção misturaram-se e quando dei por isso estava apaixonada... Apaixonada por um colega de turma, demasiado cobiçado pelas meninas e que nunca irei olhar para a menina mais gordinha e feia da turma [e neste momento, as primeiras lágrimas correm-me pela face]... Vivia na mentira, sonhando inocentemente as histórias que via na televisão, nos inicios que imaginava de uma relação a dois. Queria, desejava, sonhava em que isso acontece-se! De facto, ele era só meu quando fechava os olhos, apenas quando os fechava...
Gostar dele teve coisas boas e más... Aprendi que sonhar demais e pensar que tudo é igual às novelas nos conduzem a uma vida de mentiras...
Nunca namorei, nunca beijei e eis uma das minhas maiores mágoas. Tenho medo da solidão, de não saber o que é ser amada e amar ou de não saber qual o "sabor" de um beijo. Queria que o primeiro fosse dele...
Sinto viver numa mentira... Digo que não quero saber de namorados ou rapazes, mas no fundo, quero, preciso, necessito... Já não sei mais o que quero!
Só não quero viver na ignorância, no medo, na solidão, na procura de alguem que não existe...
Fartei-me de ouvir que o meu "príncipe encantado" esta a caminho, ao virá da esquina, onde menos pensar! É tudo mentira...
Dizem que me devo "soltar" mais, falar mais, ser menos fechada, sair mais... Talvez.
Gostar do R. não foram só aprendizagem; gostar do R. significou tornar-me mais céptica em relação ao amor. Tornei-me mais fria, eu sei... Deixei de acreditar no amor para toda a vida, em "príncipes encantados", em "Romeus e Julietas"...
Porque não sou totalmente feliz? Porque não encontro alguém que ocupe o lugar da solidão? Porque fico sempre com a lágrima quando oiço aquela música? Porque estas contradições? Para que o amor? Para que sofrer? Será que sou assim tão feia ou timida que afasto quem quer que seja? Tantos "porques, serás e para que's" sem respostas!
Sinto-me uma egoísta... Aliás, sou uma egoísta! Há pais que choram os filhos desaparecidos à anos; pessoas que morrem à fome, ao frio, pela guerra... E eu? Eu choro por não saber o que é o amor!
No fundo, todos nós somos egoístas: queremos sempre mais do que já temos, quando muitos dariam tudo para ter metade do que nós temos...
"Mentira" é o nome da música [e termino sem mais lágrimas, creio que já as chorei todas em nome do amor; escrever faz-me bem!]...
Há pior coisa que e dar uma branca no exame e se confundir tudo numa pergunta "bué" simples?! Pois... Também me pareceu que não!
Quem disse que os nervos não são traiçoeiros?! Aprende... Confiança a mais dá nisto (já a minha mãe diz)!
Enfim...
Próximo!!!
Andava eu no AEIOU, quando encontrei um inquérito aos utilizadores, acerca de algo que me era desconhecido: comemorrou-se o nascimento de Louis Braille, a 4 de Janeiro.
Uso óculos, desde os seis anos; tenho míopia e utilizo uma graduação bastante forte. Um dos meus receios de miúda é a possibilidade de poder um dia vir a ficar cega. É, talvez de todas as coisas, a que mais tenho medo! Apavora-me a só a ideia...
Por conseguinte, respondi ao inquérito proposto, sendo esta a questão:
E eis as opções de resposta e resultados:
Dizemos que sim, mas de facto... 13% (54)
Nem pensar. Há muito ainda por fazer. 49% (198)
Sim, tem havido algumas iniciativas positivas. 8% (34)
Atentos... Estamos... À novela das seis, das sete, das nove e das dez. 30% (121)
|
Total: 100% (407) |
Acho que as percentagens respondem ao inquérito! Infelizmente, estamos mais atentos às novelas e ao futebol do que às necessidades daqueles que mais necessitam...
Enfim, triste a realidade do país em que vivemos! Às vezes sinto vergonha desta sociedade, em que as novelas e o futebol são as prioridades...
Uma vénia para Louis Braille!
(cliquem nas imagens para abrirem as hiperligações)
2008 esta a chegar ao fim e 2009 aproxima-se a passos largos.
Resumindo 2008 posso dizer que foi um ano... hum... digamos "normal". Normal porque nada de novo e especial aconteceu... Aprendi, errei, cai, lutei, desanimei, sonhei, foi ingenua... Foi e fiz tanta coisa!
Contudo, 2008 ensinou-me algo importante: amar-me a mim própria.
Quando inicie o meu blog, andava numa fase mais triste, em que me "odiava". Com o tempo e esforço (esforço que já vinha de antes) passei a amar-me... emagreci e aprendi a aceitar-me como sou. Foram lutas de meses, por vezes desiguais que me enfraqueciam e me deitavam a baixo.
Repassando o meu ano, não vejo nenhum acontecimento que me tenha marca em especial... Pensando melhor até tenho!
Foi neste ano que vesti, em Maio, o meu traje académico !!! Recordo-me do friozinho no estomago e de passar na rua e ver pais, filhos, avós e netos a olharem para mim.
- "Avó, olha aquelas meninas vestidas!" dizia uma menina de uns 5 anos, sentada na paragem com a avó, ao que esta lhe responde: "Estuda minha filha para um dia andares vestido assim como elas!"
Sem dúvida foi um mês muito especial... O orgulho dos meus pais ao verem-me pela primeira vez vestida!
Euforismos e sentimentalismos à parte... 2008 é marcado pelas férias de Julho, em minha casa, na companhia da I. e do M.. Uma semana para recordar...
Enfim... 2008 até nem foi mau! Foi muito bom, para lá do dito "normal"... Foi um ano bom!
Mas continuo a dizer que o meu melhor ano foi de 2007: a carta de condução (que faz um belo efeito na carteira!), viagens de finalistas de secundário, faculdade, curso, nova cidade, amigos novos, computador novo... Enfim, um ano que marcou!
Para 2009?!
Sei lá! Só espero que seja um ano replecto de magia e emoções, de surpresas e alegrias. Mas que seja um ano de lutas, vitórias, caidas e reconquistas, de trabalho... A única certeza que tenho é que 2009 será um ano de muito trabalho!
Que venha 2009 e me surpreenda !!!
Quem és?
Quem és tu que invades os meus sonhos a todas as horas? Quando fecho os olhos, reapareces nos meus sonhos, até cair num sono profundo.
Acompanhas-me ao acordar, em aulas, nos passeios, nas viagens, com os amigos, à noite... Estás sempre lá, mas não sei que és!
Não sei quem és, nem tão pouco te vi. Desconheço a tua forma, desconheço-te...
Mas, nos meus sonhos eu sei que és...
Chamas-te 'Guilherme'. Será esse o teu nome real?
Conheço os teus defeitos e qualidades, sei os teus sonhos... Mas na realidade, nada sei ao certo de ti.
Porque sonho com alguém que não tenho?
À anos que é sempre igual, que sonho com o "príncipe encantado" que não aparece. Mudam os nomes, mas a história é sempre a mesma. Já te chamei de 'Ricardo', 'Miguel', 'Simão', 'Afonso', 'André'... Mas nenhum destes nomes se tornou real.
É engraçado sonhar com alguém que não existe. Imaginar história e fantasias através da realidade.
Mas é triste perceber que não existe ninguém real, palpável... Alguém com quem possa trocar carinhos, mimos, beijos... Apenas os vejo nos meus sonhos, eu e tu.
Quero passear de mãos dadas, beijar, acarinhar, tirar fotografias sem nexo, escrever o teu nome ao longo de uma folha, escrever-te cartas, dormir e acordar contigo ao meu lado! Quero tanta coisa, mas o tempo passa e eu não revejo os sonhos na realidade.
Quantos anos mais viverei neste sonho? Quanto tempo mais terei de sonhar com alguém inexistente?
Nos meus sonhos chamas-te 'Guilherme', na vida real chamas-te 'Solidão'.
O teu lugar esta ocupado pela mesma solidão de há anos...
Descobri que tenho uma amiga que diz saber tudo sobre as coisas do coração (e por sido a apelido da "Madame Paixões" ; só espero que ela não me descubra !), isto por decidi contar-lhe a história do "certo clima" entre mim e o M..
Ela não é propriamente a melhor pessoa para avaliar este caso, está longe de mim , mas é uma das minhas melhores amigas e que nunca ouviu ou soube da existência de alguém interessado em mim... Portanto, lá lhe foi contar!
Foi uma conversa engraçada, sem dúvida!
Começa por me fazer centenas de perguntas, pergunta-me todos os promenores e mais alguns, diz-me para que me atire a ele e mais não sei o que! Como sou uma rapariga bastante insegura, vou-lhe dizendo que as coisas do amor não sou comigo ... Não sei muito bem o que lhe disse, quando se sai com a genial frase: "Eu sou a perita das paixões!" (fiquei com cara de parva a olhar para o monitor e depois desatei a rir!)
Mas é verdade! Ela sempre se deu bem com as suas paixões e compreende melhor este sistema do que eu.
Quando terminamos a conversa, dei por mim a pensar nos tempos de secundário. Quem haveria de dizer que um dia lhe iria contar cenas caricatas e capítulos pouco provaveís de acontecer na minha vida?! Sempre estive à espera que fosse ela a contar-me estas coisas...
No grupo dos que apoiam "atira-te a ele! come-o!", juntou-se mais um elemento de peso! Nos próximos dias terei de levar com a "Madame Paixões" a, praticamente "ordenar-me" a que "ataque o bife" e a dar-me conselhos! E enquanto que as outras duas já nem se lembram disto, esta vai-se recordar por um belo período de tempo!
Agora questiono-me porque lhe foi contar isto! Acho que só lhe contei pela graça que me suscitou na altura... Foi para mim tão ridiculo que acabei por lhe contar.
Outra frase se destaca desta conversa: "cá para mim estás a gostar dele e sem saberes..." E eis a resposta: "sim, sim, e nem tu sabes o quanto! Olha que isto não é uma novela, e se eu gosta-se saberia-o e notar-se-ia!" Basicamente, desmanchei-me a rir com esta frase! Depois de ter conseguido parar de rir, lá lhe retribui a resposta...
A conversa com a "Madame Paixões" foi, resumidamente, de rir; não só pelo lado estupido deste "clima", bem como das respostas que ela me dava .
Este foi um dos melhores episódios de uma semana que correu mal .
Porque não poderia ficar indiferente a estas duas vitórias...
Barack Obama, num discurso humilde, mostrou ter um sonho... Um sonho que poderá ser, não só, uma mudança para a América, mas uma mudança para o Mundo. Um exemplo a seguir, não se deixando demover pela cor, nem país de origem, nem condição social de onde vinha... Um exemplo de coragem, luta e perseverança!
Lewis Hamilton: Campeão Mundial de Fórmula 1, FIA 2008
(apesar de não ligar muito a fórmula 1 e de só saber desta vitória através de uma aula!)
À algum tempo atrás encontrei um post que me obrigou a uma reflexão (http://brilhosinhos.blogspot.com/2008/10/ser-que-alguma-vez-esquecemos-o-nosso.html). O assunto do post era sobre se algum dia se esquece o primeiro amor.
Nunca namorei, mas gostei demais de uma pessoa. E esse gostar significa, para mim, o meu primeiro amor.
Em primeiro lugar, acho que não necessitamos de namorar com alguém para o considerarmos o primeiro amor; basta simplesmente gostar, mesmo que a outra pessoa só nos veja como amigos.
Depois, acho que nunca esquecemos aquela pessoa que fez o nosso coração acelarar mais depressa. Independentemente de se ter namorado ou não, o primeiro amor é sempre especial, inesquecível.
Contudo, creio que aquilo que fica guardo no coração não é só o amor. O amor acaba e encontramos novas pessoas.
O que realmente fica é um carinho especial, o sentimento de ter sido o primeiro... Ficam as alegrias, as experiências, os sonhos... E, por mais anos que passem, é sempre isso que fica, independentemente de se ter encontrado um novo grande amor.
Existe um dita popular que diz: "O primeiro amor é inesquecível, tal como o primeiro beijo". É nisso que acredito.
O R. foi o primeiro que me fez sentir e saber o que é estar apaixonda (e não ser correspondida). Mas (e espero eu) novos R's. viram que me ensinaram o que é ter alguém que goste de nós. Enquanto que esse R. não entrar na minha vida, vou recordando (com alguma tristeza) o meu primeiro amor...
Sinto-me triste... Sinto-me em baixo... Sinto vontade de chorar...
Pergunto-me porque, mas não encontro a resposta. Não raras as vezes sinto-me assim.
Talvez tenha sido da frase "quero um namorado!" ou da música que me fez lembrar aquela pessoa especial...
Sinto-me estúpida, cada vez mais estúpida e parva. Não encontro um motivo, uma causa, nem sei o que escrever neste post... Apenas sinto isso: vontade de chorar de fugir!
À semanas que ando a tentar lutar contra os meus medos: a solidão, a timidez, a vergonha... Parece que cheguei a uma fase da minha luta em que começo a perder as forças.
Pergunto-me, para que isto, porque mudar?!
A minha cabeça está uma verdadeira confusão (como este post)... Preciso de organizar as ideias, o que quero, traçar um objectivo...
Será que é assim tão complicado pedir para se ser feliz?!
Amanhã (talvez) escreva algo decente e claro...
À momentos na nossa vida que recordamos coisas que à anos tentamos apagar.
Mágoas passadas que marcaram uma época, uma fase da minha vida em que quase desisti de mim, de tentar, de lutar, de mudar...
Ano de 1999, 5º ano: nova escola, novos ares, supostos, novos amigos.
Entrei para um colégio privado, segundo muitos, o melhor da zona. Colégio liderado por dois padres professores. Colégio onde se misturavam os ricos, meninos e meninas de médicos, professores, advogados, engenheiros, etc., e os menos ricos, meninos e meninas cujo os pais trabalhavam em empregos menos prestigiantes e, eu, incluía-me nestes últimos.
Quando entrei, já era um bocadito gordinha, mas pouco... O meu peso não deveria variar muito do das outras meninas, tinha um bocadito mais de barriga.
Ano de 2000: segunda operação à garganta (não sei muito bem a que, o nome é estranho e não me recordo). Se até então era miúda de comer pouco, a partir daqui o meu apetite começou a crescer. Comecei a comer mais, em maiores quantidades.
Mas, é também ano de entrada na puberdade (não da menstruação, que veio mais tarde), mas sim das borbulhas! A minha auto-estima é fortemente abalada. Começo a comer para esquecer!
Ano após ano, começo a engordar. E, como isto, começo a evitar as aulas de educação física, sobretudo as aulas do primeiro período. Porque? Simples, era o período do atletismo: correr e mais correr... era sempre a última!
Nova operação, um quisto. Não me recordo ao certo do ano, talvez, 2002.
Se as aulas de desporto eram pouco frequentes, a partir daqui começaram a aumentar. Mas não muito. O meu professor ia-me motivando, mas era preciso mais. Os colegas e supostos amigos nunca ajudaram. A partir deste ano, o meu peso foi aumentado até chegar aos 95kg.
Os anos do colégio foram, provavelmente, os piores! Diversas vezes abandonei os jogos a chorar, outras vezes passava os intervalos no sitio mais escondido, sozinha ou a chorar.
Comia para esquecer. Esquecer que era a mais gordinha, o "bombo da turma", aquela a quem todos gozava e humilhavam.
De 1999 a 2004 imensos pensamentos inundaram a minha alma, a minha cabeça... Por diversas vezes pensei em desistir de mim... Outras vezes, pensava em tentar emagrecer, mas alguém parecia adivinhar o que queria e destruía-me com gozos e palavras menos bonitas... Foi através deles que descobrir o que era uma depressão...
Estes foram os anos, porventura, mais tristes da minha existência e são aqueles que eu quero esquecer. Não é fácil, mas quando olho para trás, sinto que isso me fez crescer.
Hoje, não desisto, nunca, jamais! Eu sei que valho. Sei que sou superior, diferente. Sei que posso mudar tudo, basta querer. Aprendi a acreditar em mim...
Quando olho para aqueles anos, vejo que foi forte! Fracos eram aqueles que comigo gozaram...
"Eu valho o esforço...", blog que descobri à uma hora, através de uma rede social. Um blog com o qual me identifico.
. Vida.
. Youtube, hi5, adolescente...
. Mentira.
. Próximo!
. Texto a alguém que não co...