Quinta-feira, 14 de Maio de 2009

Consegui?!

Voltei a falar do R.. Voltei a referir o seu nome e a recordar as marcas passadas que tanto tento esquecer.

Mas desta vez foi diferente...

Senti uma leve tristeza, um pequeno aperto no coração. Senti que as lágrimas queriam voltar a correr mas apenas uma consegui fugir. Noutras alturas agarraria à almofada a chorar mas desta vez não. Talvez comece a esquece-lo, definitivamente...

Estou a ouvir: Celtas Cortos : retales de una vida
Escrito por DesabafosDaMinhaAlma às 18:11
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Quinta-feira, 7 de Maio de 2009

E hoje acordei assim...

Tu nunca gostastes a sério, ou melhor, tu nunca amastes. Quando isso acontecer verás o que digo.

 

Odeio quando me dizem isto. Simplesmente odeio. Magoa, corrói, deixa-me triste lá no fundo, no interior do meu ser. Quando me dizem isto, disfarço com um sorriso e umas frases patetas; outras vezes, porém, limito-me ao silêncio. Depois, sozinha, choro.

Certa vez, depois de me terem dito esta frase, não consegui ficar calada e, revoltada, questionei se realmente podiam afirmar que eu nunca tinha gostado de ninguém a sério. Não obtive resposta. Mais tarde, alguém me dizia que eu nunca devia ter gostado de ninguém verdadeiramente porque, se realmente eu tinha estado apaixonada, deveria ter feito mais por essa pessoa.

Agora, pergunto eu, mas para alguém gostar à séria é preciso rastejar aos pés dessa pessoa? É preciso ir à bruxa e fazer uns feitiços para que a tal pessoa se apaixone por nós?

Sim, eu gostei muito muito dele, quiçá como nunca mais voltarei a gostar... Mas, não existiram outros sentimentos que nos impedem de lutar? Medos, receios, complexos? Isso não contará? E os sentimentos da outra pessoa não contam?

Odeio que me digam que Não sabes o que é gostar de alguém como eu gosto! Será que não sei mesmo?!

Odeio quando alguém se sai com estas estúpidas frases. Se realmente é como dizem, só quando namoramos é que gostamos a sério! Infelizmente nem toda a gente tem o privilégio de ser correspondido!

Às vezes esquecem-se que não depende de nós. Existe a outra pessoa e ela tem uma palavra a dar. Tal como no sexo, para se namor são precisas duas pessoas!

Várias vezes me perguntei o que fariam os outros se sentissem o que eu sinto... Por mais que nos digam que Tu és linda! O que mais importa é a beleza interior... não é fácil lidar com medos e complexos. Aliás, com o tempo percebi que a história O mais importante é a beleza interior não passam de tretas. Sim, tretas. A sociedade não liga a isso. A sociedade valoriza mais, muito mais, o exterior. As televisões, as revistas, a internet, etc., mostram isso... Se não, porque não existe uma novela ou um filme em que a personagem seja feia e gorda? Ok, temos a Betty Feia! Mas, provavelmente no final (não acompanhei até ap fim), ela vira uma beleza, uma brasa, como manda a sociedade. Isso não passa de uma frase criada para um qualquer anúncio publicitário. A sociedade criou padrões de beleza e essa história é só um tapa olhos de quem se recusa a ver os estereótipos que a criamos. Assim, ou somos lindas, de pernas magras e altas, barriga plana, e um peito e cara minimamentes decentes e temos todos os homens aos nossos pés, ou somos gordas e só temos bêbados interessados ou tipos armados em carapau de corrida interessados em gozar com os nossos sentimentos. Se não vejamos as novelas da TVI ou a Rebelde Way... Mas porque raio nas nossas televisões só vemos raparigas novas com um corpo de sonho como protagonista?! E por quê são sempre os gordos os rejeitados e humilhados?! E, porque raios quando existe uma personagem gorda ela vir top model como manda a sociedade?! E depois ainda querem que acredite na história da beleza interior... 

Quando me dissem estas coisas, dá-me vontade de dar meia volta e virar costas ou de bater na pessoa! Não basta gostar...

Apesar de achar a história da beleza interior uma treta concordo com a frase Antes de amares alguém, ama-te a ti mesmo. Se calhar, por não me amar o suficiente nunca foi capaz de fazer nada, isto, apesar de ele me ter dito que era capaz de namorar com alguém como eu, fortezinha! e tanto que era, que a namorada dele aparenta ser assim...

Enfim... 

Creio que já aprendi a lição. Agora, alguém se importa de dizer a quem comanda as nossas vidas (se é que existe alguém) que eu também sou gente?!

E hoje acordei assim, revoltada com a vida e com a sociedade mesquinha em que vivemos...

Estou a ouvir: Rita Guerra : gostar de ti
Escrito por DesabafosDaMinhaAlma às 13:09
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Domingo, 26 de Outubro de 2008

Mágoas passadas...

À momentos na nossa vida que recordamos coisas que à anos tentamos apagar.

Mágoas passadas que marcaram uma época, uma fase da minha vida em que quase desisti de mim, de tentar, de lutar, de mudar...

 

Ano de 1999, 5º ano: nova escola, novos ares, supostos, novos amigos.

Entrei para um colégio privado, segundo muitos, o melhor da zona. Colégio liderado por dois padres professores. Colégio onde se misturavam os ricos, meninos e meninas de médicos, professores, advogados, engenheiros, etc., e os menos ricos, meninos e meninas cujo os pais trabalhavam em empregos menos prestigiantes e, eu, incluía-me nestes últimos.

Quando entrei, já era um bocadito gordinha, mas pouco... O meu peso não deveria variar muito do das outras meninas, tinha um bocadito mais de barriga.

Ano de 2000: segunda operação à garganta (não sei muito bem a que, o nome é estranho e não me recordo). Se até então era miúda de comer pouco, a partir daqui o meu apetite começou a crescer. Comecei a comer mais, em maiores quantidades.

Mas, é também ano de entrada na puberdade (não da menstruação, que veio mais tarde), mas sim das borbulhas! A minha auto-estima é fortemente abalada. Começo a comer para esquecer!

Ano após ano, começo a engordar. E, como isto, começo a evitar as aulas de educação física, sobretudo as aulas do primeiro período. Porque? Simples, era o período do atletismo: correr e mais correr... era sempre a última!

Nova operação, um quisto. Não me recordo ao certo do ano, talvez, 2002.  

Se as aulas de desporto eram pouco frequentes, a partir daqui começaram a aumentar. Mas não muito. O meu professor ia-me motivando, mas era preciso mais. Os colegas e supostos amigos nunca ajudaram. A partir deste ano, o meu peso foi aumentado até chegar aos 95kg.

Os anos do colégio foram, provavelmente, os piores! Diversas vezes abandonei os jogos a chorar, outras vezes passava os intervalos no sitio mais escondido, sozinha ou a chorar.

Comia para esquecer. Esquecer que era a mais gordinha, o "bombo da turma", aquela a quem todos gozava e humilhavam.

De 1999 a 2004 imensos pensamentos inundaram a minha alma, a minha cabeça... Por diversas vezes pensei em desistir de mim... Outras vezes, pensava em tentar emagrecer, mas alguém parecia adivinhar o que queria e destruía-me com gozos e palavras menos bonitas... Foi através deles que descobrir o que era uma depressão...

 

Estes foram os anos, porventura, mais tristes da minha existência e são aqueles que eu quero esquecer. Não é fácil, mas quando olho para trás, sinto que isso me fez crescer.

Hoje, não desisto, nunca, jamais! Eu sei que valho. Sei que sou superior, diferente. Sei que posso mudar tudo, basta querer. Aprendi a acreditar em mim...

Quando olho para aqueles anos, vejo que foi forte! Fracos eram aqueles que comigo gozaram...

 


"Eu valho o esforço...", blog que descobri à uma hora, através de uma rede social. Um blog com o qual me identifico. 

Estou a ouvir: Incubus : drive
Escrito por DesabafosDaMinhaAlma às 11:02
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