Os últimos dias não estão a ser dos melhores...
Os velhos fantasmas regressaram e a minha tristeza também. A minha vida varia nisto, em períodos de alegria e os períodos de tristeza. Por vezes consigo disfarçar a tristeza que me vai na alma outras vezes, já não aguento mascarar a alma e demonstro o meu real estado.
É nisto que vivo...
Ora alegremente, capaz de enfrentar tudo e todos; ora tristemente, tendo como companhia a solidão da minha alma, do meu ser.
De que me vale falar do que se passa, contar os problemas, as desilusões, os receios, os medos, se ninguém os resolverá, se ninguém (à minha volta) sabe como é esta sensação?
Pois... De nada.
O D. é, aparentemente, um rapaz interessante (digo aparentemente porque não o conheço).
Tive a feliz (ou infeliz) casualidade de o conhecer numa rede social (algo parecido com o Hi5), quando decidi partilhar uma espécie de anedota. Ele comentou, mas eu não respondi. Mais tarde recebi uma mensagem privada do D. e não mais deixamos de falar. Estava longe de imaginar que isto seria o principio para uma amizade virtual.
Inicialmente considerava que o D. seria mais um daqueles rapaz interessados em conversas ordinárias e sujas, apesar de as mensagens privadas que enviava para a minha página pessoal demonstrarem o contrário. Pensava que o D. apenas queria o meu email para que fizesse o que muitas adolescentes fazem: ligar a web câmara e despirem-se para quem esta do outro lado (conheço quem o tenha feito). Enganei-me.
Ao longo de 4 meses, muita "tinta correu" (neste caso, muito escreveram os nossos dedos). Falávamos de um pouco de tudo: livros, amores, desgostos, tristezas, viagens, sonhos ... praticamente sabemos tudo um sobre o outro. Aliás, acrescentaria que nunca as conversas começavam por minha iniciativa; era sempre ele quem começava a conversar comigo. O tema sexo nunca surgiu... Ou melhor, ele chegou a ser comentado superficialmente (e apenas uma vez referiu uma fotografia com um decote).
Somos ambos descomprometidos, solteiros e carentes. Talvez por isso tenha manifestado interesse em me conhecer pessoalmente; ou talvez não. Talvez tencione conhecer mais uma amiga. Desconheço quais os motivos para ele me querer conheçer (e já pensei em milhares, boas e más). Os meus são claros: deixar de o tratar apenas como um "amigo virtual".
Na verdade, tenho dentro de mim um bichinho que me pede para o conhecer. Mas há medos. Mil e um medos de conhecer o desconhecido, de conhecer o D..
Graças a estes medos, decidi pesquisar histórias de amigos virtuais que se tornaram reais. Fiquei surpreendida. A maioria das histórias relatadas são negativas, de encontros que se tornaram pesadelos. Mas há um lado bom, daqueles que se conheceram e se tornaram amigos e, noutros casos, até namorados.
Desabafei com a "Mafalda" este assunto. Ela considera que deveria marcar esse encontro, mas com cuidado. Ou seja, deveria ir para um sítio movimentado, onde ela e o M. poderessem estar para o caso de acontecer algo mau, só para prevenir.
Sei que não poderei adiar por muito tempo este inevitavél encontro, porque eu própria o desejo. Mas gostaria de o fazer só para Maio, altura das festas académicas.
E vocês, o que acham?
Decidi mergulhar nas lembranças passadas, naquelas que ainda hoje marcam o meu presente. Procurei as fotografias escondidas dos passeios, as cartas escritas pelas colegas de colégio no dia dos namorados e as dedicatórias feitas não há muitos anos pelas amigas de liceu.
Ao reler uma carta enviada, por uma colega, pela altura dos dias dos namorados, senti as lágrimas correm-me pela fase. Nela, reli uma frase que me marcou naquele dia e que me fez reviver-lo novamente:
"Maria, espero que encontres o teu príncipe encantado, para calares as más línguas... E, desculpa tudo o que já te fiz e o que te disse hoje."
Tentei relembrar o que me teria dito ela naquele dia, mas não consegui. Talvez melhor assim.
Contudo, ao abrir a carta senti entrar em mim a mesma tristeza de outrorá. A primeira frase da minha colega marcara-me. Depois de a ler, agarrei-me à almofada e deixei as lágrimas cair, questionando-me que "más línguas" seriam as que de me mim se diziam. Curiosamente, poucas foram as lágrimas que correram...
Então pensei: "Realmente encontrei o meu príncipe encantado: a solidão".
(editado às 19:36, 28 de Fevereiro)
O Youtube é uma verdadeira caixinha de surpresas. Para lá das músicas e filmes caseiros, podemos descobrir coisas engraçadas ou chocantes.
Ontem, andei por esse site a ouvir músicas e não sei como cheguei aquele filme caseiro de miúdos de secundário e arrepie-me.
Na gravação era possível ver-se duas raparigas com idades entre os 15/16 anos. Uma delas gritava em bom tão ofensas à colega, batendo-lhe e ameaçando. A outra desgraçada não tinha forma como fugir, apenas se tentava desculpar. Por seu turno, os restantes colegas riam-se da cena e incentivavam a jovem a continuar a bater na colega.
Motivo? Alegadamente a jovem que estava a ser agredida teria enviado um comentário ou mensagem para o Hi5 do namorado da outra jovem. Apesar de afirmar que tinha feito o mesmo para todos os colegas de turma e não apenas para o tal rapaz, esta continuava a ser física e verbalmente agredida e humilhada pela colega, bem como por quem assistia.
Não sei à quanto tempo fui colocada esta gravação, mas era possível ver-se noutras versões deste filme. Fiquei chocada com o que vi, ficando a pensar no que será a sociedade futuramente.
Hoje em dia, as crianças parecem vir desprovidas de sentimentos, valores e respeito pelos seus semelhantes. Olham para os outros como seres inferiores...
Quando sai da minha vila Minhota para a dita "grande cidade", notei grandes diferenças entre o ambiente em que cresci e o de aqui.
Olho para os miúdos e miúdas na rua e vejo-os a querem comportar-se como maiores. Crianças com 10/12 anos que agem como adolescentes de 16/17 anos.
Fumam, vão para bares e discotecas até "às tantas da manhã", "bebem até cair para o lado", vestem-se e maquilham-se para parecerem mais velhas e perdem a virgindade cada vez mais cedo... Conheço casos de miúdas que perderem a virgindade muito cedo e, ainda adolescentes, engravidam só para agarrar os namorados!
Cada vez mais se dá valor ao materialismo em detrimento dos valores da amizade, amor, respeito, compaixão, etc. Preferem-se os telemóveis, os IPhones, os computadores de última geração... Imitam o que vêem na televisão e acreditam que aquilo será o mais certo... Fazem birras e exigem aos pais quem lhes comprem aquilo que desejam, o mais caros, o melhor. Descriminam e humilham os outros por serem diferentes (gordos, feios, magros, velhos, pretos, deficientes...), por serem "especiais", como gosto de lhes chamar.
E de quem será a culpa? Da televisão? Dos pais? Das "modernizes"? Ou da sociedade em geral?
Tenho medo do que o futuro reservará a esta nova geração que se irá formar...
Felizmente nem todos são assim e ainda é possível encontrar-mos crianças que "escapam".
Porque é que havia de me sentir sozinha? Raras vezes na minha vida, desde que me lembro de mim, tive um sentimento de solidão. E não me sinto mal na minha companhia, divertimo-nos muito as duas, eu e eu. Não me aborreço.
Não sei o que é a solidão. Nunca me senti só. Acho fantástico ficar comigo mesma, com meus milhões de dúvidas e preocupações.
Gosto de olhar o mar. Gosto de me sentar na rocha ou na areia e de o observar, enquanto vaguei nos meus pensamentos. É incrível como ele nos transmite um conjunto variado de sentimentos e emoções.
Se por um lado ele nos transmite paz, esperança e sonhos, por outro ele é sinónimo de medo e respeito. Quando o observo, sentada na areia, admiro-lhe a grandeza e a força e todo o conjunto de sensações que em mim desperta.
Tenho o privilegio de morar junta ao rio e proximamente do mar. Quando me sinto em baixo, mesmo não estando junto dele, penso no mar e quando posso, caminho ao seu encontro. Chegada ao destino, penso nos medos que ele causa, no respeito, na admiração que sinto, na esperança que ele me transmite.
Quando era pequena e via o mar revolto, pensava que ele estava assim porque estava zangado com os homens. Hoje, quando assim no vejo, sinto a tristeza a desaparecer, dominada pela alegria expectativa de um futuro melhor. E mesmo quando o mar esta calmo, todos os meus males desaparecem...
Tranquilamente ou revoltoso, o mar faz-me esquecer, por algum tempo, o mundo de loucos em que vivo. Faz-me acreditar na magia dos sonhos, no poder da amizade, na segurança da família, num mundo melhor. É com ele que tomo as decisões mais importantes e é com ele que acredito no amor, na felicidade, na amizade, na alegria, na força. Diz-se que depois da tempestade, bem a bonança e é com ele que este velho ditado faz sentido: depois de um mar revolto, em que domina o medo, chega um mar calmo, tranquilo, trazendo esperança, alegria, paz...
É junto ao mar, e até mesmo junto ao meu rio, que encontro a paz que necessito. Mesmo estando longe dele, basta imaginá-lo na minha mente e contemplar-lhe as fotografias tiradas por mim ou encontradas neste mundo virtual, para tudo melhorar. Eis o motivo para o fundo escolhido...
Parei para reflectir, pois não me compreendo.
Não sei o que se passa comigo... Talvez cansaço de uma época longa, em que os livros, papéis e canetas passam a ser a nossa melhor companhia. Talvez seja do tempo, ora com sol, ora com chuva, frio e vento. Talvez seja da mágoa, da tristeza, da desilusão. Talvez.... Talvez seja tanta coisa que não consigo traduzir!
Estou a realizar um sonho, um desejo. Estou onde cria e onde muitas queriam estar, conseguindo óptimos resultados, fazendo esquecer brevemente a tristeza... Tenho excelentes amigos que me dão o apoio de que necessito. E uma família... Dois pilares fundamentais para construir um caminho rumo à felicidade!
Mas falta algo...
Procuro encher a cabeça e o tempo com coisas para esquecer, temporariamente, a desilusão da vida. Mas, às vezes não chega e eis que bate à porta novamente a solidão acompanhada dos seus inúmeros "amigos": a tristeza, a dor, o desespero, a raiva...
É engraçado saber que à minha volta todos, mais ou menos bem, conheceram o quão gostoso pode ser saber que alguém se preocupa connosco, que goste de nós como somos, que nos dê carinho, amizade, respeito ... e não falo apenas da familia e dos amigos. Eles são importantes, mas não chega.
Nas novelas, nos filmes, nas séries, nos livros de romance existe sempre o final feliz. Aquele em que alguém acaba sempre com alguém, conhecendo o amor. Mas porque existe sempre o final feliz, aquele do "... e viveram felizes para sempre ..."?
Os amigos e a familia preenchem uma parte de mim, mas não a completam. Aliás, poucos serão aqueles que se satisfazem apenas com estes dois pilares.
Falta o pilar do amor... Aquele que todos nós procuramos e que apenas alguns o conheçem.
Não compreendo esta necessidade incessante de conhecer o amor... Não compreendo o amor e as relações que se criam... E porque ansiamos todos nós pelo amor?
A vida é feita de inúmeras perguntas sem resposta. Por mais que tentemos encontrar as respostas para essas dúvidas, nunca satisfazemos a nossa curiosidade.
Quero conhecer o amor e sei que necessito disso. Porque? Não sei... Talvez para deixar de me sentir cansada. Talvez para o sol comece a brilhar todos os dias e não apenas quando as condições metereológicas o permiem. Talvez para parar de sentir esta tristeza, mágoa, revolta, dor, que ora vai ora bem. Talvez para eliminar a solidão do meu caminho e do meu coração. Talvez, porque é o percurso natural da vida...
"Nada é eterno neste mundo de loucos, nem mesmo os nossos problemas"
(Charles Chaplin)
A pergunta que se coloca é: será mesmo assim?
Espero que sim...
À músicas que me tiram fora de mim...
João Pedro Pais tem uma música da qual fujo, não gosto, odeio... Gosto do cantor e da generalidade das músicas, mas daquela não! Fico deprimida, com a lágrima ao canto do olho.
Os meus colegas e amigos não percebem porque odeio-a tanto, porque não lhe posso ouvir o inicio! Custa-me escrever disto, falar seria mais doloroso...
Porque? Porque ele volta aos meus pensamentos, ele, o R..
O R. foi a minha primeira (e talvez, a única) grande paixão que tive até hoje. Sem pedir autorização, a amizade e a atracção misturaram-se e quando dei por isso estava apaixonada... Apaixonada por um colega de turma, demasiado cobiçado pelas meninas e que nunca irei olhar para a menina mais gordinha e feia da turma [e neste momento, as primeiras lágrimas correm-me pela face]... Vivia na mentira, sonhando inocentemente as histórias que via na televisão, nos inicios que imaginava de uma relação a dois. Queria, desejava, sonhava em que isso acontece-se! De facto, ele era só meu quando fechava os olhos, apenas quando os fechava...
Gostar dele teve coisas boas e más... Aprendi que sonhar demais e pensar que tudo é igual às novelas nos conduzem a uma vida de mentiras...
Nunca namorei, nunca beijei e eis uma das minhas maiores mágoas. Tenho medo da solidão, de não saber o que é ser amada e amar ou de não saber qual o "sabor" de um beijo. Queria que o primeiro fosse dele...
Sinto viver numa mentira... Digo que não quero saber de namorados ou rapazes, mas no fundo, quero, preciso, necessito... Já não sei mais o que quero!
Só não quero viver na ignorância, no medo, na solidão, na procura de alguem que não existe...
Fartei-me de ouvir que o meu "príncipe encantado" esta a caminho, ao virá da esquina, onde menos pensar! É tudo mentira...
Dizem que me devo "soltar" mais, falar mais, ser menos fechada, sair mais... Talvez.
Gostar do R. não foram só aprendizagem; gostar do R. significou tornar-me mais céptica em relação ao amor. Tornei-me mais fria, eu sei... Deixei de acreditar no amor para toda a vida, em "príncipes encantados", em "Romeus e Julietas"...
Porque não sou totalmente feliz? Porque não encontro alguém que ocupe o lugar da solidão? Porque fico sempre com a lágrima quando oiço aquela música? Porque estas contradições? Para que o amor? Para que sofrer? Será que sou assim tão feia ou timida que afasto quem quer que seja? Tantos "porques, serás e para que's" sem respostas!
Sinto-me uma egoísta... Aliás, sou uma egoísta! Há pais que choram os filhos desaparecidos à anos; pessoas que morrem à fome, ao frio, pela guerra... E eu? Eu choro por não saber o que é o amor!
No fundo, todos nós somos egoístas: queremos sempre mais do que já temos, quando muitos dariam tudo para ter metade do que nós temos...
"Mentira" é o nome da música [e termino sem mais lágrimas, creio que já as chorei todas em nome do amor; escrever faz-me bem!]...
Há pior coisa que e dar uma branca no exame e se confundir tudo numa pergunta "bué" simples?! Pois... Também me pareceu que não!
Quem disse que os nervos não são traiçoeiros?! Aprende... Confiança a mais dá nisto (já a minha mãe diz)!
Enfim...
Próximo!!!
A contagem decrescente termina já amanhã!
Amanhã tenho o primeiro exame do novo ano lectivo.
Nervos? Nem por isso, um friozinho no estomago apenas. Medos? Nenhuns (pelo menos para já). Receios? "Espalhar-me" numa matéria que considerei mais complicada.
Normalmente esta época é uma altura de nervos, medos e receios. Curiosamente não "estou muito preocupada" com o exame de amanhã. Sinto-me mais confiante. Acredito em mim, no que estudei e de que sou capaz: "Se os outros conseguem, porque eu não irei conseguir?!"
A maioria dos meus colegas tem um "medo tremendo a esta cadeira" e os colegas mais velhos falam de forma assustadora dela... Acho que, apenas eu e a I., não lhe temos receio!
Confiança a mais? Talvez. De qualquer maneira e, como diz a I., "se não passarmos agora, temos a época de recurso ou então fazemo-la para o ano!"
Nunca pensei que algo tão simples se poderia tornar doloroso. Sempre pensei que "apaixonar-nos por nós próprios" seria fácil, algo que ocorreria quando eu quisesse e como. Mas não...
Compreendi, à alguns meses atrás, que precisava de fazer mais por mim. Estava farta da menina que se lamentava de tudo e de nada, da menina que queria falar e não sabia como, da menina de sempre.
Enquanto vinha no autocarro, pensava no quão doloroso têm sido os últimos tempos. Parece uma montanha-russa, de altos e baixos, de paragens e recomeços. As vezes questiono-me se isto valerá a pena. É triste percebermos que não temos amor próprio.
Quero mudar. Quero ser uma menina mais comunicativa, mais aberta, alegre, divertida. Quero mudar-me, transformar-me, alterar-me. Quero tanta coisa!
É difícil transmitir o que sinto. Sinto, apenas, que enquanto não me apaixonar por mim, não conseguirei e evitarei que alguém se apaixone por mim.
Hoje percebi, finalmente, que talvez continue sozinha porque afugento quem se queira aproximar, pois não me "amo" o suficiente.
Uma viagem de autocarro, para além de cansativa, serviu para compreender que a minha vida tem sido passada, maioritariamente, a queixar-me e a nada fazer. Parece que estou à espera que as coisas mudem por arte do "Divino Espírito Santo".
Dentro do meu ser, atropelam-se sentimentos, medos e receios. Quero combate-los, mas como? Quando terminará isto?
Seria tudo bem mais simples se a minha vida fosse aquela que imagino nos meus sonhos...
Quem és?
Quem és tu que invades os meus sonhos a todas as horas? Quando fecho os olhos, reapareces nos meus sonhos, até cair num sono profundo.
Acompanhas-me ao acordar, em aulas, nos passeios, nas viagens, com os amigos, à noite... Estás sempre lá, mas não sei que és!
Não sei quem és, nem tão pouco te vi. Desconheço a tua forma, desconheço-te...
Mas, nos meus sonhos eu sei que és...
Chamas-te 'Guilherme'. Será esse o teu nome real?
Conheço os teus defeitos e qualidades, sei os teus sonhos... Mas na realidade, nada sei ao certo de ti.
Porque sonho com alguém que não tenho?
À anos que é sempre igual, que sonho com o "príncipe encantado" que não aparece. Mudam os nomes, mas a história é sempre a mesma. Já te chamei de 'Ricardo', 'Miguel', 'Simão', 'Afonso', 'André'... Mas nenhum destes nomes se tornou real.
É engraçado sonhar com alguém que não existe. Imaginar história e fantasias através da realidade.
Mas é triste perceber que não existe ninguém real, palpável... Alguém com quem possa trocar carinhos, mimos, beijos... Apenas os vejo nos meus sonhos, eu e tu.
Quero passear de mãos dadas, beijar, acarinhar, tirar fotografias sem nexo, escrever o teu nome ao longo de uma folha, escrever-te cartas, dormir e acordar contigo ao meu lado! Quero tanta coisa, mas o tempo passa e eu não revejo os sonhos na realidade.
Quantos anos mais viverei neste sonho? Quanto tempo mais terei de sonhar com alguém inexistente?
Nos meus sonhos chamas-te 'Guilherme', na vida real chamas-te 'Solidão'.
O teu lugar esta ocupado pela mesma solidão de há anos...
Mais uma tarde de aulas... Mas uma bela tarde de sol, boa companhia (a I. e a T.) e pouca vontade de ir à aula. Resumidamente, não fomos à primeira aula da tarde.
Conversa puxa conversa e um tema leva sempre a outro, acabando a I. e a T. a falar de mim.
Nunca namorei e sempre tive complexo em relação ao meu corpo sendo este o ponto de partida. Foi estranho ouvir-las falar...
A T. dizia que "pelo que já ouvirá falar" eu e o M. tinhamos um "certo clima especial". A I. concordou, acrescentando que já por duas vezes tinham dito que eramos namorados.
Não o somos, nem tão pouco o vejo como um possível namorado.
Pos-me a pensar e não encontro explicações para o tal "clima" falado. Afinal, que raio queriam dizer elas com "um certo clima"?!
Sou contraditória (defeito meu e de signo). Na verdade é me dificil imaginar com alguém. Continuo a achar que talvez só os outros, e não eu, tenham o direito à felicidade. Continuo a ter dias em que não gosto de mim e em que mal me suporto olhar ao espelho ou ver um simples reflexo... Continuo a ter dias em que preferia fugir e desaparecer... Sinto-me um ser muito estranho!
Achei estranha a opinião da I.. Aliás, sempre lhe disse que, provavelmente ele estaria a gostar dela...
Vejo o M. como um grande amigo, nada mais. Sei que muitas relações começam assim, sendo grandes amigos, mas sinceramente não me parece que este seja o caso. Aliás, de que outra forma poderia começar uma relação de namoro sem ser pela amizade?
Depois de ter passado a aula a seguir (sim, fomos à segunda e última aulinha da tarde) a pensar nisto, agora só quero é esquecer o tema...
(porque antes de me apaixonar por alguém, tenho de primeiro apaixonar-me por mim.)
Vou mas é estudar!!!
Quinta-feira; aproximadamente 8h05 da noite.
Carrego no botão para mandar o elevador subir até ao 5º andar. Sobe, para, entro e carrego no piso -1, a saida do prédio (e não a garagem, como a I. pensava no inicio ).
Enquanto ele desce, entretenho-me a arranjar o cabelo em frente ao espelho (é inevitável! é mais forte que eu!). Eis que para. Contente, tento abrir a porta: "Mas que raio! Porque não abre a porta?!" (penso eu) Olho de alto a baixo para a suposta porta... "Alto lá, mas isto não é a porta, isto é a parede entre o piso 0 e o -1 !!!!" (pânico! medo!)
Carrego no -1, no 5, no 7, no 4, em todos os botões e nenhum funciona, nem para cima nem para baixo! Carrego na sirene... Mas, eis que o anormal decide subir e parar no 0.
Abro a porta com toda a força e sai-o dele a correr: "Cruzes! Maldito elevador! Grande anormal!"
Quando chego ao pé dos meus amigos e conto o meu pesadelo dentro do elevador, desmancha-se tudo a rir ("riam, riam, a próxima vitima serão vocês!" ).
Ao regressar a casa, nessa noite, dei por mim a falar com os meus botões e a pensar: "Meu querido elevador é para parar no 5º andar! Vá, sobe, não sejas preguiçoso que eu nem peso muito! Isso, lindo menino, assim gosto mais de ti!"
À algum tempo atrás encontrei um post que me obrigou a uma reflexão (http://brilhosinhos.blogspot.com/2008/10/ser-que-alguma-vez-esquecemos-o-nosso.html). O assunto do post era sobre se algum dia se esquece o primeiro amor.
Nunca namorei, mas gostei demais de uma pessoa. E esse gostar significa, para mim, o meu primeiro amor.
Em primeiro lugar, acho que não necessitamos de namorar com alguém para o considerarmos o primeiro amor; basta simplesmente gostar, mesmo que a outra pessoa só nos veja como amigos.
Depois, acho que nunca esquecemos aquela pessoa que fez o nosso coração acelarar mais depressa. Independentemente de se ter namorado ou não, o primeiro amor é sempre especial, inesquecível.
Contudo, creio que aquilo que fica guardo no coração não é só o amor. O amor acaba e encontramos novas pessoas.
O que realmente fica é um carinho especial, o sentimento de ter sido o primeiro... Ficam as alegrias, as experiências, os sonhos... E, por mais anos que passem, é sempre isso que fica, independentemente de se ter encontrado um novo grande amor.
Existe um dita popular que diz: "O primeiro amor é inesquecível, tal como o primeiro beijo". É nisso que acredito.
O R. foi o primeiro que me fez sentir e saber o que é estar apaixonda (e não ser correspondida). Mas (e espero eu) novos R's. viram que me ensinaram o que é ter alguém que goste de nós. Enquanto que esse R. não entrar na minha vida, vou recordando (com alguma tristeza) o meu primeiro amor...
Vivo numa constante montanha-russa; entre altos e baixos. Os meus sentimentos variam entre a alegria e a tristeza, entre a esperança e o desespero… Se hoje estou bem, amanhã sinto-me quase a morrer e a precisar de fugir.
Sinto que sou um ser demasiado esquisito e complicada para ser compreendida. Se eu não me compreendo, como me puderam compreender-me os demais?
Sinto que sou o meu principal inimigo: ora estou bem comigo, ora estou mal. Estes altos e baixos, estas voltas, começam a deixar-me tonta…
Quero-me compreender, tornar-me a minha melhor amiga, apaixonar-me por mim mesma. Por onde começo? Como?
Enquanto não alcançar a paz interior (que parece nunca ter existido), que tanto necessito, dificilmente conseguirei atingir os meus sonhos, objectivos, metas, no fundo, a felicidade.
Será que algum dia o conseguirei?! Eis a questão que me coloco... ()
("Montanha Russa", fotografia de Sérgio Murilo Teixeira Veloso de Castro, retirada de Olhares.com)
Simplesmente linda...
Nunca gostei muito de fado e nem sequer tinha o hábito de ouvir a senhora do fado, Mariza. Mas está conbinação entre fado e hip-hop produziu uma execelente e belissíma música.
O pior é saber que me identifico com ela, com o que a letra traduz: o desespero e a esperança.
Não me resta nada, sinto não ter forças para lutar
É como morrer de sede no meio do mar e afogar
Sinto-me isolado com tanta gente à minha volta
Vocês não ouvem o grito da minha revolta
Choro a rir, isto é mais forte do que pensei
Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei
Não sei do que fujo, a esperança pouca me resta
É triste ser tão novo e já achar que a vida não presta
As pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaço
O vento sopra, ao espelho vejo o fracasso
O dia amanhece, algo me diz para ter cuidado
Vagueio sem destino nem sei se estou acordado
O sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainha
Não sei se a alma existe mas sei que alguém feriu a minha
Às vezes penso se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que diz…
Chorei
Mas não sei se alguém me ouviu
Enão sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
Não há dia que não pergunte a Deus porque nasci
Eu não pedi, alguém me diga o que faço aqui
Se dependesse de mim teria ficado onde estava
Onde não pensava, não existia e não chorava
Sou prisioneiro de mim próprio, o meu pior inimigo
Às vezes penso que passo tempo demais comigo
Olho para os lados, não vejo ninguém para me ajudar
Um ombro para me apoiar, um sorriso para me animar
Quem sou eu? Para onde vou? De onde vim?
Alguém me diga porque me sinto assim
Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê
Sinto lágrimas nos meus olhos mas ninguém as vê
Estou farto de mim, farto daquilo que sou, farto daquilo que penso
Mostrem-me a saída deste abismo imenso
Pergunto-me se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz…
Chorei
Mas não sei se alguém me ouviu
Enão sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo
(Boss AC [azul mais claro]
&
Mariza [azul mais escuro])
Mais informações em: http://www.encontrarse.pt/upa08/
Sinto-me triste... Sinto-me em baixo... Sinto vontade de chorar...
Pergunto-me porque, mas não encontro a resposta. Não raras as vezes sinto-me assim.
Talvez tenha sido da frase "quero um namorado!" ou da música que me fez lembrar aquela pessoa especial...
Sinto-me estúpida, cada vez mais estúpida e parva. Não encontro um motivo, uma causa, nem sei o que escrever neste post... Apenas sinto isso: vontade de chorar de fugir!
À semanas que ando a tentar lutar contra os meus medos: a solidão, a timidez, a vergonha... Parece que cheguei a uma fase da minha luta em que começo a perder as forças.
Pergunto-me, para que isto, porque mudar?!
A minha cabeça está uma verdadeira confusão (como este post)... Preciso de organizar as ideias, o que quero, traçar um objectivo...
Será que é assim tão complicado pedir para se ser feliz?!
Amanhã (talvez) escreva algo decente e claro...
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