Estou preocupada. A apresentação de ontem foi a pior que fiz em toda a minha vida.
Geralmente fico nervosa, começo a falar baixo e poucos compreendem o que digo; apesar de mudanças significativas, já começo a falar mais alto e tento ficar o menos possível nervosa. Mas, ontem, foi para esquecer...
Antes da minha apresentação, outra colega apresentaria um outro texto. Ainda não estava nervosa, o nervossismo e o medo começou a apoderarer-se de mim quando o professor a questionou com isto e com aquilo acerca do texto. Ponha-me no lugar dela e tentava responder às perguntas como se do meu texto se trata-se e compreendi que não sabia nada.
O texto era díficil, muitos conceitos, números, dados, muita coisa para explicar algo simples. Além do mais, nem a mim nem à Mafalda interessava o tema ali tratado.
Esforçei-me, dei o melhor de mim, tentei perceber...
Terminara a apresentação da colega e o debate em torno do texto, uma hora depois do inicio da aula. Olhou para nós, com aquele olhar sinico... Entregamos a ficha de leitura...
Isto é a vossa ficha de leitura?
Sim, mas tem a síntese e a apresentação.
Vocês não vão apresentar isto tudo, pois não?!
(olhando os diapositivos que seguiam em anexo)
Enquanto eu preparava o power point, perguntava à Mafalda o que achara do texto. Depois lançou a pergunta:
Sabem quem é o autor do texto?
Não.
Mas deviam.
Não sabiamos quem era o senhor em causa. Quando me lembrei que deveriamos ter ido ver o livro do autor, já era tarde demais, já não havia tempo.
Comecei a apresentação. Um breve resumo da introdução do autor.
Chegou a vez da Mafalda. A parte dela tinha imensos quadros e o professor bombarde-o-a com imensas perguntas sobre o texto. A quase (ou a nenhuma, já nem me lembro) ela respondeu acertadamente. Perdeu imenso tempo na parte dela.
Chegou novamente a minha vez. Quase nem falei. Quatro diapositivos depois e dizia-me para saltar para o último. Quase que não me avaliou. Na minha curta apresentação gaguejei muito, enganava-me nas palavras, tropelava nelas.
Depois de nos humilhar, dizendo que não sabiamos o texto, que não tinhamos sido sintéticas e uma data de coisas, conclui que o texto era complicado e que por isso o iria tirar da bibliografia da disciplina, sendo que não saia no exame. Quer dizer, faz-nos sentir mal e depois isto?!
Ontem não estava muito preocupada, estava revoltada!
Hoje, olhando a aula de ontem, sinto-me frustada e preocupada. Frustada porque (para mim) o professor partiu do inicio que se a minha amiga não sabia responder às questões é porque não tinha compreendido o texto e por conseguinte, eu também não. Frustada por não ter conseguido manter a calma. Preocupada porque não me deixou apresentar. Que avaliação terei eu? Fomos ambas prejudicadas mas, quiçá, eu fiquei numa situação mais delicada.
Ainda tenho mais uma apresentação com o mesmo professor. Agora tenho medo. Medo de que volte tudo a repetir-se...
Cada vez gosto mais do meu professor sobre Sociedade Portuguesa... Se imaginassem o meu ódio!!!
Primeiro não se cala e não deixa a Mafalda falar, bombardeando-a com perguntas; manda-me calar e não me deixa apresentar e depois é:
Ai e tal ... eu sei que o texto era muito díficil e é por isso que o vou retirar das leituras obrigatórias!
Quer dizer, primeiro humilha e depois é isto... vá morrer longe!!!
(e mais umas quantas palavras e frases bonitas para este professor!)
... e correu muito bem (segundo colegas e o próprio professor) a apresentação oral do texto, melhor do que nós (visto que era em grupo) esperávamos!
Já lhe aprendi o troque: encarnar uma apresentação como uma peça de teatro, onde são necessários ensaios e onde o meu verdadeiro eu fica sentado na mesa a ouvir.
Venha a próxima!
... prepare textos para apresentação.
... perceber apenas uma parte de um texto.
... fazer apresentações orais.
E por agora (porque ainda existem mais), estes são os ódios que em mim renasceram durante esta semana. Quiçá passe na sexta-feira ou, na melhor das hipóteses, quando o curso terminar... Vidinha de estudante é complicada!
As aulas já começaram a alguns dias, mas só agora me apercebi da quantidade de trabalho que terei até meados de Julho: trabalhos, teste e exames.
Recomeçou a vida agitada: horas em frente ao computador, tendo o papel e a caneta como companhias. Recomeça a rotina...
Enfim, agora já não há tempo para pensar nas tristezas da alma e no tormento da solidão. Agora, sempre que me perguntarem "O que tens?", a resposta será "Muitos trabalhos."; mesmo que a vontade seja a de dizer "Chora a minha alma".
Depois de três semanas alucinante de papéis, canetas, livros, trabalhos e testes para aqui e para acolá, eis que finalmente chegaram as "férias". "Férias" como quem diz: a estudar para os exames!
Mas, porque eu mereço, domingo de manhã será dedicado ao sono! Só me volto a levantar cedo na segunda e tenho dito! E só não tiro sábado para dormir, porque o estapor do autocarro é cedo...
A proposito, porque será que os tipos dos Morango passam a vida em festas e tiram sempre altas notas?! Epah, que coisa irritante!
E o dia passar a ter 48 horas, não?!
Vou dar em maluca com tanto papel e caneta! Definitivamente, "odeio" Dezembro e Janeiro!
... inquéritos de rua, acompanhado de frio e chuva!!!
Ninguém merece!!!
Buah!!!
... estuda-se Economia que é uma maravilha!!!
(P.S: estou cá com uma vontade de estudar isto que nem eu consigo transmitir... Raios partam os produtores, os custos e mais não sei o que! Raios para quem se lembrou de meter a porra desta cadeira no meu curso e, sobretudo, para quem a inventou!)
Novembro é, para já, sinónimo de trabalhos, estudo, paciência... muita paciência!!! A começar por esta semana:
Coisa pouca... O pior ainda está para vir (janeiro e fevereiro: 5 exames, 5 semanas)!
Resumindo, isto tem o seu lado positivo: pelo menos não sinto a tentação de pensar em tristezas e desgostos da minha vida ...
. Odeio...
. Teste, trabalhos e exames...